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Deslizamento de terra em ilha da Itália deixa ao menos um morto e 10 desaparecidos

Fortes chuvas atingiram região no sábado provocando inundações, queda de prédios e destruição de veículos

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Roma e Milão | Reuters e AFP

Uma mulher morreu e cerca de dez pessoas estão desaparecidas na ilha italiana de Ischia, no golfo de Nápoles, depois de fortes chuvas causarem um deslizamento de terra neste sábado (26), informou o prefeito de Nápoles, Claudio Palomba.

Outras oito pessoas anteriormente desaparecidas foram encontradas, incluindo um casal com um filho recém-nascido.

Chuvas torrenciais atingiram o porto de Casamicciola Terme, uma das seis pequenas cidades da ilha, na madrugada deste sábado, provocando inundações, queda de edifícios e deslizamentos de terra que arrastaram árvores e veículos para residências e vias públicas.

Uma foto mostra uma pessoa andando ao lado de um ônibus afundado por um deslizamento de lama na ilha de Ischia; o fundo, é possível ver o mar
Um homem anda ao lado de local afetado pelo deslizamento de terra em Ischia - Ansa/AFP

Imagens dos serviços de emergência e da imprensa local mostram lama espessa, detritos e pedras. Vários carros foram submersos na costa, aparentemente empurrados para o mar pela tempestade. Na área mais atingida do local, pelo menos 30 famílias ficaram presas em suas casas sem água ou eletricidade, informou a agência Ansa.

Setenta brigadistas estão trabalhando no resgate, disse o corpo de bombeiros no Twitter. Mas ainda há dificuldades nas operações porque as condições climáticas são desafiadoras, afirmou o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, a repórteres em Roma. Segundo ele, várias pessoas continuam presas sob a lama.

Anteriormente, houve confusão sobre o número de mortos nos comunicados emitidos por dois ministérios. O vice-primeiro ministro e ministro da Infraestrutura, Matteo Salvini, chegou a dizer durante um evento em Milão que oito pessoas haviam morrido.

Ischia é uma ilha vulcânica a cerca de 30 km de Nápoles que atrai visitantes por seus banhos termais. A região é densamente povoada e tem casas construídas ilegalmente, que correm risco permanente de deslizamentos, inundações e terremotos. Em 2006, um deslizamento de terra matou um pai e suas três filhas na ilha.

O sul da Itália, onde construções foram erguidas em áreas irregulares e inseguras, é suscetível a deslizamentos como um ocorrido em 1998 na aldeia de Sarno, quando ao menos 150 pessoas morreram.

A primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou que estava em contato com seu ministro da Proteção Civil, Nello Musumeci, e o Departamento de Proteção Civil. "O governo expressa sua proximidade com os cidadãos e prefeitos dos municípios da ilha de Ischia e agradece às equipes de resgate engajadas na busca dos desaparecidos", disse ela.

As autoridades esperam encontrar abrigos para que entre 150 e 200 pessoas desabrigadas passem a noite. Também pediram aos moradores que permaneçam em suas casas para não atrapalhar os esforços de resgate.

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