A Noruega encomendará 54 novos tanques alemães Leopard-2 para seu Exército. Ainda há a possibilidade de que o país compre mais 18 veículos posteriormente, segundo anunciou o governo nesta sexta (3).
"Garantimos que vamos ter os mesmos tanques dos nossos vizinhos e dos principais aliados da Otan", afirmou o premiê Jonas Gahr Store, citando a aliança militar do Ocidente liderada pelos Estados Unidos. "Isso fortalece ainda mais os nossos laços com a Alemanha."
O país nórdico, que compartilha 196 km de fronteira com a Rússia, havia cogitado comprar o rival coreano K2 Black Panther, num plano inicial de adquirir 72 tanques. A negociação mais modesta foi decidida depois de o chefe da Defesa recomendar a aquisição de helicópteros, drones e artilharia de longo alcance.
Também nesta sexta, um porta-voz do governo norueguês disse que a Alemanha permitiu a exportação de tanques do modelo Leopard-1 para a Ucrânia, de acordo com o jornal britânico The Guardian. Os veículos começaram a ser produzidos pelo país na década de 1960 e foram substituídos pelo Leopard-2 em 2003. A entrega se junta aos diversos veículos que Berlim prometeu enviar a Kiev na semana passada.
Após semanas de discussão sobre o tema, o anúncio de Berlim, realizado na semana passada, junto a Washington, foi a maior escalada na ajuda militar ocidental ao país do Leste Europeu invadido pela Rússia de Vladimir Putin. Foram prometidos na ocasião 31 tanques americanos M1 Abrams e 14 Leopard-2.
O país também estaria, segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, em negociação para comprar 15 tanques Gepard do Qatar para mandar a Kiev. Autoridades alemãs discutiram com o chanceler do país do Oriente Médio a possibilidade de comprar os veículos, usados por Doha para fazer a segurança da Copa.
A empresa alemã Rheinmetall and Flensburger Fahrzeugbau Gesellschaft (FFG), então, reformaria os tanques para fornecê-los à Ucrânia se Kiev estiver disposta a comprá-los.
"Os Gepards se provaram muito bons na guerra. Se pudéssemos obter mais dos parceiros aqui, isso definitivamente ajudaria os ucranianos", disse o novo ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius.
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