Um soldado turco foi erguido até o segundo andar de um prédio danificado pelo terremoto na Turquia em uma escavadeira para entrar em um apartamento em escombros atrás de um celular que pertence a uma mulher de 75 anos. Ela temia que seu filho estivesse morto depois de cinco dias sem contato.
Uma mulher da cidade de Antáquia identificada como Mama Busra pediu aos socorristas no sábado (11) que encontrassem seu telefone. Ela está abrigada em uma tenda improvisada em um parque para acolher quem perdeu suas casas na tragédia do início do mês, que já matou mais de 30 mil pessoas no país.
Em uma rua estreita transformada em beco sem saída pela destruição provocada pelo tremor, o porão do prédio desabou, a fachada desmoronou parcialmente, janelas foram quebradas, e rachaduras, expostas.
Assim que Murathan Adil, o socorrista, chegou à varanda, outro trabalhador de resgate entregou a ele uma sacola vermelha contendo os pertences de Mama Busra, incluindo o telefone, antes que a escavadeira o baixasse de volta. Parando brevemente para ajudar a carregar corpos desenterrados de prédios vizinhos em um carro fúnebre, Adil foi em seguida até o parque onde Mama Busra esperava com ansiedade.
A bateria do telefone acabou antes que ela pudesse ligar para o filho. Mas outra pessoa no parque ouviu o nome do procurado, disse que o conhecia e que ele estava vivo e bem. A pessoa discou o número do filho em seu telefone. Ele respondeu —e Mama Busra começou a chorar ao ouvir a voz de seu filho pela primeira vez desde o terremoto de cinco dias antes. "É como se você tivesse me dado o mundo", afirmou ela, emocionada, sobre o momento em que ouviu a voz de seu filho.
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