Brasil diminui dívida com organismos internacionais e paga R$ 526 milhões

Apesar de repasses a parceiros como OMC e Mercosul, ainda será preciso destinar R$ 4,2 bilhões neste ano

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Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (10) que destinou R$ 526 milhões para quitar dívidas que o Brasil possui junto a organizações internacionais.

O anúncio ocorre no âmbito do marco dos cem dias de governo, data usada pela atual gestão para vender avanços dos três primeiros meses. A quantia, no entanto, não quita todos os débitos do país com organismos internacionais, que ainda permanecem na casa de R$ 4,2 bilhões.

Lula durante a reunião ministerial para tratar dos primeiros 100 dias de governo, no Palácio do Planalto
Lula durante a reunião ministerial para tratar dos primeiros 100 dias de governo, no Palácio do Planalto - Gabriela Biló/Folhapress

Os R$ 526 milhões foram usados para quitar dívidas com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o TPI (Tribunal Penal Internacional), a OMC (Organização Mundial do Comércio), a Secretaria e o Parlamento do Mercosul e a OMS (Organização Mundial de Saúde), entre outros.

Os R$ 4,28 bilhões com os quais o país ainda tem de arcar neste ano referem-se a R$ 2,49 bilhões de anos anteriores e outros R$ 1,79 bilhão a pagar de contribuições referentes ao exercício de 2023.

"O governo está firmemente engajado no equacionamento das dívidas do Brasil com organismos internacionais, o que contribuirá para aperfeiçoar as condições para a plena retomada da atuação brasileira na esfera internacional", informou o governo em nota.

As dívidas são alvo de críticas da equipe de Lula desde a atuação do gabinete de transição. O Brasil corria o risco de perder o direito a voto em algumas discussões no âmbito da ONU, em particular no momento em que o país ocupa uma das vagas rotativas do Conselho de Segurança, o mais alto colegiado do órgão.

A menos de uma semana do encerramento de seu mandato, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) repassou R$ 4,6 bilhões para pagar contribuições do Brasil a organismos internacionais e a integralização com bancos de fomento mundiais.

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