Um agente de segurança que fazia plantão diante da embaixada brasileira em Túnis morreu após ser esfaqueado nesta segunda-feira (19). Tiros foram disparados, e o agressor, detido.
O Ministério do Interior da Tunísia não deu detalhes sobre a nacionalidade da vítima, afirmando apenas que se trata de uma "ação criminosa" e que a hipótese de um ato terrorista foi descartada.
Segundo a pasta, o segurança "foi ferido por um objeto pontiagudo após questionar um indivíduo sobre os motivos de sua presença no perímetro da embaixada". A polícia abriu fogo contra o agressor, ferindo-o na perna, antes de detê-lo. O autor do ataque, cuja identidade não foi divulgada, foi hospitalizado.
O agente de segurança morreu no hospital logo depois, informou à agência de notícias AFP o porta-voz do Ministério do Interior, Faker Bouzghaya. Segundo ele, o agressor sofria de "doença mental" e a ação se trata de "um ato criminoso não relacionado a terrorismo".
A imprensa local informou que um perímetro de segurança foi instaurado nos arredores do prédio da embaixada brasileira e que uma das pontes que dá acesso ao local chegou a ser fechada. Procurada, a representação diplomática do Brasil não confirmou as informações e não quis dar detalhes sobre o caso.
Ameaças jihadistas
Após a revolta popular de 2011 que causou a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali, estopim da chamada Primavera Árabe, a Tunísia experimentou um aumento de grupos jihadistas. Vários ataques foram perpetrados desde então, tirando a vida de dezenas de turistas e forças de segurança.
As autoridades afirmam ter feito progressos na luta contra os jihadistas nos últimos anos. Mas, em maio, um tiroteio foi registrado perto de uma sinagoga na ilha de Djerba. Três policiais e dois fiéis —um franco-tunisiano e um israelense-tunisiano— foram mortos a tiros pelo agressor, que foi abatido pela polícia.
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