Descrição de chapéu Governo Trump Twitter

Donald Trump volta ao X, antigo Twitter, com foto de fichamento em prisão

Ex-presidente dos EUA quebrou promessa de que se manteria exclusivamente na Truth Social, plataforma que fundou

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Reuters

O ex-presidente dos EUA Donald Trump retornou à rede social X, o ex-Twitter, com uma postagem nesta quinta-feira (24) que exibe sua foto de fichamento na cadeia do condado de Fulton, na Geórgia.

Com a mensagem, que pede doações, Trump volta a ter acesso direto ao público da plataforma que o baniu depois do ataque de seus apoiadores ao Congresso, em 6 de janeiro de 2021.

Foto de fichamento prisional de Trump
Foto publicada por Trump no X - Reprodução de @realDonaldTrump

Em 19 de novembro do ano passado, porém, a empresa reverteu a decisão, já sob o comando do bilionário Elon Musk, autoproclamado "absolutista da liberdade de expressão", que comprou o Twitter em outubro.

Trump, que tinha mais de 88 milhões de seguidores quando foi banido, postou a "mug shot" com a frase "INTERFERÊNCIA ELEITORAL! NUNCA SE RENDA!", e as palavras todas em caixa alta, uma marca do republicano. A postagem obteve mais de 170 milhões de visualizações e 1,3 milhão de curtidas.

Quando suspendeu a conta de Trump, em janeiro de 2021, a empresa citou o risco de incitação à violência após a invasão do Capitólio. Até então, o republicano usava as redes sociais para afirmar que sua derrota na eleição de 2020 foi fruto de fraude eleitoral generalizada e compartilhar outras teorias da conspiração.

Na última quarta (23), Trump, em vez de ir ao primeiro debate das primárias republicanas, organizado pela Fox News, exibiu no X uma entrevista de 46 minutos concedida ao comentarista conservador Tucker Carlson. A conversa atraiu quase 250 milhões de visualizações até a noite de quinta, segundo o site.

A Truth Social, plataforma fundada por Trump e na qual ele reúne 6,4 milhões de seguidores, tem sido a principal fonte de comunicação direta do republicano com seus seguidores desde que começou a postar regularmente no aplicativo, em maio. O ex-presidente usou a rede social para promover aliados, criticar rivais e defender sua reputação em meio a investigações de órgãos estaduais, federais e do Congresso.

Há um ano, sua startup Trump Media & Technology Group (TMTG), que desenvolveu o aplicativo, anunciou um acordo para se tornar pública por meio de uma fusão com a Digital World Acquisition Corp (DWAC). O acordo, que injetaria US$ 1,3 bilhão em dinheiro na TMTG, agora está sob dúvidas devido a investigações.

Trump processou o Twitter em 2021 devido à suspensão da plataforma, argumentando que a medida violou seu direito à liberdade de expressão sob a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

Um juiz dos EUA na Califórnia rejeitou o caso, e um tribunal federal de apelações em Pasadena, também na Califórnia, deve analisar a disputa em 4 de outubro. Advogados de Trump dizem que suas acusações ainda são viáveis e podem ser decididas pela corte de apelações, apesar do retorno à plataforma.

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