Incêndio em boate no sudeste da Espanha deixa ao menos 13 mortos

Em comunicado, serviços de emergência municipais não descartam possibilidade de novos óbitos

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Madri | AFP

Pelo menos 13 pessoas morreram neste domingo (1º) em um incêndio em um local que reunia três boates adjacentes em Múrcia, no sudeste da Espanha. O prefeito da cidade, José Ballesta, afirmou que o episódio foi de "extrema gravidade", e os serviços de emergência disseram não descartar a possibilidade de novos óbitos em comunicado.

Bombeiro caminha diante da boate Teatre, em Múrcia, no sudeste da Espanha, cuja fachada foi em parte destruída após um incêndio que deixou 13 mortos - Serviços de Emergência de Múrcia/via AFP

O incêndio teve início às 6h do horário local (1h no horário de Brasília). Os bombeiros chegaram ao edifício, localizado no bairro de Atalayas, por volta das 7h, e conseguiram controlar as chamas em menos de uma hora.

Uma autoridade declarou à agência de notícias AFP que a prioridade neste momento é encontrar os desaparecidos. Segundo ela, a boate tinha abrigado uma festa de aniversário no sábado à noite (30), e que nem todos os convidados tinham sido localizados. Outras quatro pessoas foram hospitalizadas devido à inalação de fumaça.

O porta-voz da Polícia Nacional em Múrcia, Diego Seral, disse que o incêndio teve início na boate Fonda Milagros, um dos três estabelecimentos contíguos. Ela foi também a mais afetada das casas, e seu teto desabou.

A queda do teto tornou-se, aliás, um desafio às operações, de acordo com Seral. Policiais ainda não puderam entrar no prédio em parte por causa do risco de desabamento da estrutura, o que tem dificultado tanto localizar outras vítimas como investigar a origem do fogo, ainda desconhecida.

As autoridades não divulgaram a identidade dos mortos. Fotos divulgadas pelos serviços de emergência mostram os bombeiros lutando contra as chamas e uma fumaça espessa saindo do edifício. Segundo a prefeitura, 40 bombeiros e 18 policiais foram mobilizados para a operação.

Em frente à boate, um grupo de jovens se abraçava enquanto aguardava informações sobre os desaparecidos. Um deles disse à Reuters que tinha saído cerca de um minuto antes de os alarmes serem acionados, e que logo em seguida todas as luzes se apagaram e começaram a se ouvir gritos de "fogo!". A pessoa, que não se identificou, afirmou que cinco familiares seus e dois amigos ainda não foram encontrados.

Ballesta, o prefeito de Múrcia, declarou três dias de luto pela morte dos frequentadores da boate. "Estamos devastados", afirmou ao canal de TV espanhol 24h. Em frente à Assembleia Municipal da cidade, bandeiras foram hasteadas a meio mastro.

O primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, também prestou condolências às vítimas e seus familiares, publicando na rede X, o antigo Twitter, uma mensagem expressando sua solidariedade a elas.

O caso traz à tona a brasileiros a memória do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido na madrugada de 27 de janeiro de 2013. Na ocasião, 242 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas. A tragédia completou 10 anos neste ano.

Familiares das vítimas viram o julgamento —o mais longo da história do Judiciário gaúcho— ser anulado em agosto, e os então quatro condenados aguardam em liberdade o novo júri, marcado para o dia 26 de fevereiro de 2024.

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