Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Lula fala com líder palestino, que agradece ao Brasil e defende corredor humanitário

Civis 'não podem pagar por insanidade dos que querem a guerra', disse Lula em ligação com Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina

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Brasília

O presidente Lula (PT) teve uma conversa telefônica com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que agradeceu ao petista pelo apoio à causa palestina, pelo papel desempenhado e pelo compromisso com o direito internacional.

Abbas pertence ao Fatah, movimento rival ao Hamas. Enquanto a base do Fatah é a Cisjordânia, a do Hamas fica na Faixa de Gaza —o grupo terrorista, que atacou Israel no último sábado (7), expulsou o Fatah de Gaza em 2007.

Lula (PT) cumprimenta o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro
Lula (PT) cumprimenta o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro - Thaer Ghanaim - 19.set.23/AFP

Na conversa, Abbas defendeu o fim dos ataques israelenses e a urgente abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza para a entrada de suprimentos médicos, água, eletricidade e combustível.

Além disso, o presidente da Autoridade Palestina disse que está trabalhando pela saída de cidadãos estrangeiros, incluindo famílias brasileiras que residem em Gaza e tentam sair pelo Egito —as tratativas, principalmente com Israel, cujo aval é imprescindível para o sucesso da perigosa operação de retirada, ainda estão em andamento.

As informações foram divulgadas pela Wafa (Agência Palestina de Notícias e Informações). Segundo a agência, Abbas criticou a violência no conflito, os assassinatos de civis de ambos os lados e argumentou pela necessidade de libertação de civis. Abbas também rejeitou o assassinato de população civil de ambos os lados da guerra.

De acordo com o relato da agência de notícias, Lula afirmou na conversa que ele e o povo brasileiro se solidarizam com a busca dos palestinos por seus direitos legítimos a liberdade e independência, enfatizando a necessidade de levar ajuda médica e de socorro à Faixa de Gaza e pedindo paz e segurança na região.

O governo federal também divulgou uma nota sobre a conversa de Lula com o presidente da Autoridade Palestina. A intenção, segundo o comunicado, foi buscar apoio para a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza.

Na ocasião, o presidente lembrou o reconhecimento brasileiro do Estado palestino e expressou preocupação com os civis na região e o bloqueio de ajuda humanitária.

"O presidente brasileiro condenou os ataques terroristas contra civis em Israel, reforçou a importância de um corredor humanitário e a libertação imediata de todos os reféns. Lula disse que os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra. Ambos reafirmaram a importância da busca por uma solução política e pela paz para a região", disse o governo, em nota.

Lula conversou, em seguida, com o líder do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para pedir apoio à retirada dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza. O país aceitou receber os brasileiros que se encontram na região.

Lula informou que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil em Cairo até o Aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.

O presidente brasileiro salientou, ainda, a importância em se criar corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países.

"Ambos concordaram com a urgência em se permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Nesse contexto, o presidente Lula informou que o Brasil deve enviar, entre outros itens, kits de medicamentos", disse o governo, em nota.

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