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Jornalistas sequestrados no sul do México são libertados

Três profissionais de imprensa haviam desaparecido em Txaco

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Cidade do México | Reuters

Após o sequestro de três jornalistas no sul do México mobilizar as autoridades do país, todos eles foram libertados ilesos neste sábado (25), segundo a entidade de defesa da liberdade de expressão Artigo 19.

Silvia Arce e Alberto Sanchez, casal que lidera a plataforma digital RedSiete, haviam sido capturados na última quarta-feira (22) por homens armados que invadiram a Redação do veículo de comunicação na cidade de Taxco.

Antes da libertação, a irmã de Arce havia publicado um vídeo nas redes sociais na quinta, pedindo ajuda para divulgar o caso. "Quero minha irmã de volta, quero meu cunhado de volta", afirmou ela.

Protesto em Ciudad Juarez em decorrência da morte do fotojornalista Ismael Villagomez - Herika Martinez - 17.nov.23/AFP

O outro libertado neste sábado foi Marco Toledo, diretor do semanário El Espectador de Taxco que havia sido levado de sua residência junto com sua mulher e o filho. Ela também foi solta e, segundo relatos, não sofreu violência física. Mas seu filho segue desaparecido.

"Pelo menos duas testemunhas disseram à organização que o jornalista tinha sido vítima de ameaças e assédio em anos anteriores", afirmou a Artigo 19 em comunicado, observando que Toledo fazia reportagens sobre política e segurança.

A Procuradoria-Geral do Estado de Guerrero havia dito na quinta-feira (23) que estava investigando o desaparecimento de cinco pessoas na cidade turística de Taxco, entre elas Toledo, Arce e Sanchez. O órgão liderou as buscas junto ao Ministério Público estadual, à Guarda Nacional e ao Exército.

O sequestro dos profissionais de imprensa se soma ao assassinato de um fotojornalista em Ciudad Juárez, no norte do país, enquanto ele trabalhava como motorista de aplicativo.

Ismael Villagomez, fotógrafo do jornal El Heraldo de Jurez, foi baleado e morto em seu veículo na violenta cidade localizada na região de fronteira com os Estados Unidos, segundo as autoridades locais.

Os investigadores, contudo, afirmaram que não foram capazes de estabelecer imediatamente se o assassinato estava relacionado com a sua profissão. A InDrive, plataforma para a qual ele dirigia, informou que estava atendendo aos pedidos das autoridades como parte da investigação e que três suspeitos haviam sido presos.

O México está entre os países mais mortais do mundo para profissionais de imprensa, com cinco jornalistas mortos até agora este ano, de acordo com a Artigo 19. O ano passado foi o mais letal desde que o grupo iniciou os registros em 2000, com 13 jornalistas assassinados.

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