Descrição de chapéu União Europeia Portugal

Justiça de Portugal manda soltar detidos em escândalo de corrupção que derrubou premiê

Operação no último dia 7 havia prendido cinco pessoas, entre elas o chefe de gabinete de António Costa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Lisboa | Reuters

Um juiz de Lisboa ordenou nesta segunda-feira (13) que fossem libertadas as cinco pessoas detidas na semana passada em Portugal sob suspeita de corrupção e tráfico de influência, incluindo o ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, António Costa, que renunciou ao cargo no último dia 7.

Os libertados continuam sob investigação do Ministério Público sobre supostas irregularidades do governo em projetos de lítio, hidrogênio verde e na construção de um grande centro de armazenamento de dados na cidade de Sines.

Imprensa em frente à residência do primeiro-ministro, António Costa, quando a Operação Influencer prendeu suspeitos, incluindo seu então chefe de gabinete
Imprensa em frente à residência do primeiro-ministro, António Costa, quando a Operação Influencer prendeu suspeitos, incluindo seu então chefe de gabinete - Patricia de Melo Moreira - 7.nov.23/AFP

Após a renúncia de Costa, também investiga em relação ao caso, o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições, marcadas para o dia 10 de março.

Na última terça-feira (7), foram presos Vítor Escária, o chefe de gabinete, agora exonerado, do premiê, o prefeito da cidade de Sines, Nuno Mascarenhas, dois diretores da empresa Start Campus, que atua em Sines, Afonso Salema e Rui Neves, além de Diogo Lacerda Machado, descrito pela imprensa lusa como "melhor amigo" de Costa. Os promotores haviam pedido que Escária e Machado continuassem detidos.

O juiz do caso retirou as acusações de corrupção e prevaricação contra os cinco. Machado foi libertado sob fiança de 150 mil euros (R$ 789 mil). Nenhuma fiança foi exigida para a liberação de Escária, que ficou apenas sujeito a entregar o passaporte. Ambos ainda são suspeitos de tráfico de influência.

A defesa de Machado disse que a decisão do tribunal de retirar as acusações mostrou "erros graves" no processo.

O ministro da Infraestrutura, João Galamba, e o presidente do conselho diretor da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, também são suspeitos. Galamba ofereceu sua renúncia nesta segunda. "Apresentei a renúncia apesar de entender que as condições políticas para eu exercer minhas funções não foram esgotadas", disse ele em comunicado, prometendo colaborar com as investigações.

A renúncia de Costa também deixou vago o cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS), e quem vencer a corrida pela liderança do partido concorrerá a primeiro-ministro. O ministro do Interior, José Luís Carneiro, foi o primeiro a anunciar formalmente que está concorrendo, e o ex-ministro da Infraestrutura Pedro Nuno Santos também se juntou à corrida.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.