Descrição de chapéu guerra israel-hamas

EUA e Reino Unido impõem sanções a líderes houthis por ataques no mar Vermelho

Quatro chefes do grupo rebelde do Iêmen terão seus bens congelados em tentativa de proteger liberdade de navegação

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Londres | AFP e Reuters

O Reino Unido e os Estados Unidos aplicaram sanções nesta quinta-feira (25) contra quatro lideranças houthis por seus papéis no apoio ou direção de ataques a navios comerciais no mar Vermelho, no que é a primeira ação conjunta de represália dos países contra o grupo rebelde desde que as ofensivas começaram, em novembro.

Os ataques dos rebeldes do Iêmen afetaram o transporte marítimo global e alimentaram receios de uma escalada de preços. Também aprofundaram a preocupação de que as consequências da guerra entre Israel e o Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio.

Integrantes do grupo rebelde houthi seguram armas em protesto contra os Estados Unidos, em Sanna, no Iêmen - Khaled Abdullah - 25.jan.2024/Reuters

Os alvos das sanções foram o ministro da Defesa houthi, Mohamed Nasser al-Atifi, o comandante das Forças Navais Houthi, Muhammad Fadl Abd Al-Nabi, o chefe das forças de defesa costeira, Muhammad Ali al-Qadiri, e Muhammed Ahmad al-Talibi, que os dois governos descreveram como o diretor de forças.

Os Estados Unidos congelaram quaisquer bens das lideranças no país e impediram seus cidadãos de negociar com eles. O Reino Unido fez o mesmo, e também proibiu viagens dos chefes houthis à Inglaterra.

"Os persistentes ataques terroristas dos houthis contra navios mercantes e suas tripulações civis ameaçam perturbar as cadeias de abastecimento internacionais e a liberdade de navegação, que é crítica para a segurança, estabilidade e prosperidade globais", disse em comunicado Brian Nelson, subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para o Terrorismo e a Prosperidade.

"A ação conjunta de hoje com o Reino Unido demonstra a nossa ação coletiva para mobilizar todas as autoridades para impedir estes ataques", acrescentou.

O chanceler britânico, David Cameron, afirmou que a iniciativa serve para "degradar capacidade de atacar o transporte marítimo internacional" dos houthis e que o objetivo é proteger a liberdade de navegação.

"Com os nossos aliados, continuaremos a atacar os responsáveis pelas ações inaceitáveis e ilegais dos houthis, que colocam em risco a vida de comerciantes marítimos inocentes e perturbam a entrega de ajuda ao povo iemenita", afirmou Cameron.

Na última segunda-feira (22), as forças dos EUA e do Reino Unido realizaram novos ataques no Iêmen, visando um local de armazenamento subterrâneo houthi, assim como capacidades de mísseis e de vigilância utilizadas pelo grupo.

Os houthis, um grupo anti-Israel apoiado pelo Irã, dispõem de um sofisticado arsenal de mísseis de cruzeiro e balísticos antinavios, que tem provocado terror entre tripulações no mar Vermelho e derrubado o trânsito de navios mercantes na região, responsável por cerca de 15% deste modal de comércio no mundo.

Os rebeldes, que apoiam o Hamas na guerra contra Israel, têm avisado que vão atacar todos os navios com destino a Israel que passarem por sua costa.

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