Israel muda protocolo e faz no Memorial do Holocausto sua nova reprimenda a Lula

Diplomatas usualmente são convocados para a sede da chancelaria, não para o simbólico Yad Vashem, em Jerusalém

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São Paulo

Advertências a embaixadores são normalmente feitas nas sedes das chancelarias, mas nesta segunda-feira (19) o Ministério das Relações Exteriores de Israel mudou o protocolo e fez sua nova reprimenda ao Brasil no Yad Vashem, o Memorial do Holocausto.

O embaixador do Brasil em Israel (centro), Frederico Meyer, visita o Yad Vashem, em Jerusalém, ao lado do chanceler Israel Katz (esq.), para receber advertência sobre falas de Lula
O embaixador do Brasil em Israel (centro), Frederico Meyer, visita o Yad Vashem, em Jerusalém, ao lado do chanceler Israel Katz (esq.), para receber advertência sobre falas de Lula - Ahmad Gharabli/AFP

Foi um recado claro e simbólico: criado em 1953 pelo Parlamento local —portanto, cinco anos após a criação do Estado de Israel—, o memorial em Jerusalém reúne vários museus, centros de pesquisa e educação sobre o Holocausto nazista, que matou 6 milhões de judeus.

No local estiveram o chanceler Israel Katz e o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer. O ministro israelense deu declarações à imprensa e também mostrou ao diplomata brasileiro a lista com nomes de seus próprios familiares vítimas do regime de Adolf Hitler.

Meyer foi convocado por Katz neste domingo (18) pouco após o presidente Lula (PT) declarar que via semelhanças entre as ações de Israel na Faixa de Gaza e as ações de Hitler contra os judeus. Katz disse que o diplomata seria convocado para "uma conversa de repreensão".

Foi no Yad Vashem que ele anunciou Lula como a mais nova "persona non grata" do Estado de Israel.

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