Descrição de chapéu União Europeia Rússia

Macron diz que não descarta enviar tropas à Ucrânia

Presidente francês recebeu 20 países aliados de Kiev em Paris

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Paris | Reuters

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta segunda (26) que não descarta o envio de tropas para reforçar a Ucrânia na guerra contra a Rússia e que ele pretende manter ambiguidade estratégica a respeito do tema.

Macron deu as declarações durante um encontro de 20 países europeus aliados da Ucrânia em Paris. Falando em uma entrevista coletiva, o presidente francês disse que "não há consenso" sobre o tema, mas que a discussão não pode ser descartada. Ele não deixou claro se se referia ao envio de tropas francesas ou de uma força conjunta de países europeus.

O presidente francês, Emmanuel Macron, durante entrevista coletiva depois de uma reunião com aliados da Ucrânia em Paris - Gonzalo Fuentes - 26.fev.2024/Reuters

Macron disse que os países presentes no encontro concordam que é preciso que estejam preparados para um possível ataque de Moscou nos próximos anos, e que mais esforços são necessários para ajudar Kiev financeira e militarmente.

Líderes europeus se reuniram em Paris na segunda em uma tentativa de demonstrar união em um momento em que a Ucrânia enfrenta dificuldades na guerra —no início do mês, as forças de Kiev foram expulsas da cidade de Adviika na maior vitória para o presidente Vladimir Putin em meses. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse no domingo (25) que tem esperanças que uma cúpula de líderes mundiais possa se reunir nos próximos meses para discutir um plano de paz e apresentá-lo à Rússia.

Em Paris, Macron disse que os países reunidos não querem entrar em guerra com o povo russo, mas que estão "determinados em manter a escalada sob controle", e que a reunião tinha como objetivo avaliar "como fazer mais em termos de apoio militar e orçamentário".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, havia dito na tarde de segunda que "nós não nos tornaremos parte envolvida na guerra". Em uma publicação no X, Scholz disse que a Alemanha é a maior aliada militar da Ucrânia na Europa, mas que seu país não quer estar envolvido diretamente na guerra "direta ou indiretamente". A fala fazia referência ao envio de mísseis de longo alcance tipo Taurus à Ucrânia, um passo que o governo alemão tem evitado dar, apesar de pressões.

Macron disse ainda que os países europeus vão apresentar sanções contra países que estariam ajudando a Rússia a burlar penalidades econômicas impostas desde o início da guerra da Ucrânia.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.