Biden e Trump somam delegados suficientes e avançam para replay de 2020

Votos de eleições primárias em quatro estados garantem republicano como adversário do democrata no pleito de novembro

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Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump conquistaram nesta terça-feira (12) o número suficiente de delegados do Colégio Eleitoral de seus partidos para garantir a indicação do democrata e republicana à eleição em novembro.

Esta será a primeira reedição de uma disputa à Presidência do país em quase 70 anos.

O presidente dos EUA, Joe Biden, em evento de campanha em Atlanta
O presidente dos EUA, Joe Biden, em evento de campanha em Atlanta - Evelyn Hockstein - 9.mar.2024/Reuters

Biden precisava de 1.968 delegados para vencer a indicação. Ele ultrapassou esse número à medida que os resultados começaram a sair na Geórgia, e antes dos números de Mississippi, Washington, Ilhas Marianas do Norte e de democratas residentes no exterior, segundo projeções da imprensa americana.

O democrata enfrentou apenas uma oposição simbólica na campanha primária do partido, embora ativistas e alas mais progressistas da legenda, frustrados por seu apoio a Israel na guerra na Faixa de Gaza, tenham convencido uma minoria considerável de democratas a votar na opção "não comprometido", um tipo de voto em branco, como forma de protesto.

Trump tem o caminho livre do lado republicano, embora também com seus percalços. Sua última adversária, Nikki Haley, desistiu da disputa após a Super Terça, dia das primárias no início de março na qual o ex-presidente teve vitória esmagadora. Ela, no entanto, não o endossou.

O ex-presidente garantiu os 1.215 delegados necessários para a indicação republicana nesta terça. Havia 161 delegados em jogo na Geórgia, no Havaí, no Mississippi e em Washington.

Os dois candidatos estiveram na Geórgia para eventos de campanha nos últimos dias, ambos já mirando a eleição em novembro. O estado é palco de um dos processos criminais contra Trump por tentativa de reverter o pleito de 2020.

Na cidade de Rome, Trump repetiu a falsa acusação de que a eleição de 2020 foi fraudulenta e acusou a procuradora do condado de Fulton, Fani Willis, de processá-lo por motivos políticos. Ele também atacou Biden por não conseguir conter o fluxo de migrantes na fronteira sul dos EUA, questão que ele pretende manter em destaque ao longo da campanha, como fez em 2020.

Já Biden, em Atlanta, ecoou os temas que ressaltou em seu discurso do Estado da União ao Congresso na quinta-feira (7), alertando que Trump representa um perigo para a democracia americana e criticando a retórica inflamada do ex-presidente sobre os migrantes.

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