Confrontos entre Exército da Colômbia e guerrilha dissidente das Farc deixam 8 mortos

Governo suspendeu trégua com EMC (Estado-Maior Central) após série de ataques contra indígenas

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Cañon del Micay (Colômbia) | AFP

Uma ofensiva militar no sudoeste da Colômbia contra o EMC (Estado-Maior Central) —maior dissidência das Farc— resultou na morte de oito pessoas e em outras 17 feridas desde a quarta-feira passada (20) , afirmou um alto comandante do Exército do país, Federico Mejía, nesta terça (26).

Dois homens passam por carro queimado após assassinato da líder indígena Carmelina Yule em Toribio, na Colômbia - Joaquin Sarmiento - 19.mar.24/AFP

Os enfrentamentos se dão após a decisão do governo Gustavo Petro de suspender a trégua com o grupo no último dia 17, desencadeada por uma série de atos de violência contra a comunidade indígena. As partes negociavam desde outubro de 2023, e o prazo para o fim dos diálogos, inicialmente estabelecido em janeiro deste ano, havia sido prorrogado para 15 de julho.

Formado por rebeldes que se recusaram a assinar o acordo de paz com as Farc de 2016, o EMC reúne cerca de 3.500 membros e atua em todo o território, controlando rotas de tráfico de drogas nas fronteiras com o Equador e a Venezuela.

Sua presença é maior, no entanto, nos departamentos de Cauca, Valle del Cauca e Nariño, regiões do sudoeste do país onde há muitas plantações de coca e rotas clandestinas para o oceano Pacífico. São esses locais que a operação militar em curso enfoca.

"Nesses três departamentos [...] temos mais de 32 mil homens para garantir a segurança", disse outro comandante, Helder Giraldo, em um encontro com a imprensa no sábado (23).

Um comunicado do Exército afirmou ainda que a operação envolve "meios aéreos como aviões [...], drones e helicópteros UH60 Black Hawk" e a presença de barcos da Marinha nos rios que desembocam no Pacífico.

Mejiá comanda forças no departamento de Cauca. Segundo ele, os combates ao longo da última semana ocorreram em Cañon del Micay, território controlado pelas dissidências há anos. Ele afirmou ainda que mensagens interceptadas entre membros da guerrilha revelaram que entre os mortos há vários menores de idade.

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