Nova Zelândia diz ter apreendido caixas-pretas do Boeing 787 da Latam

Avião perdeu altitude em voo da Austrália rumo ao Chile e pousou em Auckland; 50 passageiros foram socorridos

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Nova Zelândia | Reuters e AFP

A Comissão de Investigação de Acidentes de Transporte (Taic, na sigla em inglês) da Nova Zelândia afirmou que apreendeu o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo de um Boeing 787 da Latam Airlines após um incidente que deixou ao menos 12 feridos na segunda-feira (11).

O avião, procedente de Sydney, na Austrália, pousou em Auckland, na Nova Zelândia, escala prevista do voo com destino a Santiago, no Chile.

O investigador de acidentes da Nova Zelândia disse que as autoridades chilenas confirmaram ter aberto uma investigação sobre o voo e que estavam ajudando em suas apurações.

Aeronave da Latam que teve perda súbita de altitude é vistoriada no aeroporto de Auckland, na Nova Zelândia, nesta terça (12) - Brett Phibbs/AFP

Segundo um porta-voz da Comissão de Investigação, devido ao incidente no voo Sydney-Auckland ter ocorrido em espaço aéreo internacional, coube à autoridade chilena da Direção Geral de Aeronáutica Civil abrir uma investigação.

"A Taic está no processo de reunir evidências relevantes para a investigação, incluindo a apreensão dos gravadores de voz da cabine e de dados de voo", disse a agência neozelandesa, referindo-se às chamadas "caixas-pretas" que fornecerão mais informações sobre a trajetória do voo e as comunicações entre os pilotos.

A companhia aérea e os passageiros a bordo do voo relataram que o avião com 263 passageiros e nove membros da tripulação a bordo perdeu altitude abruptamente.

A causa da aparente mudança repentina na trajetória do voo ainda não foi explicada. Especialistas em segurança dizem que a maioria dos acidentes de avião é causada por uma combinação de fatores que precisam ser investigados em conjunto.

A Autoridade de Aviação Civil da Nova Zelândia disse em comunicado que também ajudará na investigação, se necessário.

De acordo com as equipes de emergência, os feridos foram encaminhados a hospitais após atendimento no aeroporto. Onze deles já foram liberados e dois, com lesões sem risco, ainda estavam em observação.

Dois brasileiros estavam entre os feridos, segundo a Latam, mas ainda não havia informações sobre os ferimentos que sofreram.

Segundo relatos na imprensa neozelandesa, após cerca de dois terços da duração total do voo, o avião parou no ar e entrou em queda livre. Muitos passageiros não usavam cintos de segurança e alguns simplesmente voaram de seus assentos.

A Latam lamentou o "inconveniente e os ferimentos" causados aos passageiros e cancelou o voo rumo a Santiago que sairia de Auckland às 18h40 locais de segunda —2h40 de segunda no horário de Brasília. Um novo voo estava programado para as 20h desta terça (12) em Auckland, 4h de terça em Brasília.

LEIA COMUNICADO DA LATAM BRASIL NA ÍNTEGRA:

O LATAM Airlines Group informa que a aeronave do voo LA800 (Sydney-Auckland-Santiago), que transportava 263 passageiros e 9 tripulantes técnicos e de cabine, apresentou uma forte movimentação cujas causas estão sendo investigadas. O B787 de matrícula CC-BGG pousou às 16h26 (horário local) no aeroporto de Auckland, conforme programado.

Como resultado do incidente, 10 passageiros (2 com nacionalidade do Brasil, 1 da França, 4 da Austrália, 1 do Chile e 2 da Nova Zelândia) e 3 tripulantes de cabine foram levados a um centro médico para verificar o seu estado de saúde, e a maioria já recebeu alta. Somente 1 passageiro e 1 tripulante apresentam lesões que exigem mais atenção, mas sem risco.

Em paralelo, o LATAM Airlines Group está trabalhando de forma coordenada com as autoridades competentes para auxiliar nas investigações sobre o caso.

Para os passageiros que seguirão viagem com destino a Santiago (Chile) foi programado um novo voo (LA 1130) para 12 de março de 2024, com decolagem em Auckland prevista para as 20h (horário local). A LATAM forneceu alimentação, hospedagem e transporte aos passageiros afetados pela suspensão do voo.

O LATAM Airlines Group tem como prioridade dar assistência aos passageiros e tripulantes do voo, e lamenta os inconvenientes causados por esta situação. Além disso, reforça o seu compromisso com a segurança como um valor inegociável das suas operações.

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