Premiê da Irlanda renuncia ao cargo e alega temor de derrota nas eleições

Leo Varadkar afirma que coalizão de centro-direita teria mais chances de se reeleger em 2025 sob gestão de outro líder

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São Paulo

O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (20), um ano antes das próximas eleições. Ele afirmou que o governo de coalizão de centro-direita do país teria mais chances de se reeleger com outro líder. A votação para escolher seu substituto dentro da aliança deve acontecer em 9 de abril, após o recesso da Páscoa.

Leo Varadkar, primeiro-ministro irlandês, durante entrevista coletiva em que renunciou ao cargo - Damien Eagers -20.mar.2024/Reuters

"Meus motivos para deixar o cargo são pessoais e políticos", disse Varadkar, em uma entrevista coletiva organizada às pressas na sede do governo, em Dublin. "Mas, após uma análise cuidadosa e um exame de consciência, acredito que um novo primeiro-ministro conseguirá a reeleição do governo de coalizão."

A saída de Varadkar acontece após o fracasso do referendo proposto por sua administração no início deste mês para modificar trechos da Constituição considerados sexistas. A população, no entanto, rejeitou as mudanças, o que foi considerado uma derrota humilhante para o governo.

Leo Varadkar era premiê desde dezembro de 2022. Em 2017, quando tinha 38 anos, o médico gay de ascendência indiana se tornou o primeiro-ministro mais jovem da Irlanda, país considerado conservador.

Seu sucessor terá 12 meses para tentar recuperar a ampla liderança nas pesquisas de opinião que o principal partido de oposição, o Sinn Féin, tem sobre o Fine Gael, partido do primeiro-ministro.

O favorito para a posição é Simon Harris, ministro da Educação Superior. Ele também chefiou o Ministério da Saúde durante a pandemia de coronavírus. A lista de candidatos inclui o ministro das Despesas Públicas, Paschal Donohoe, e a ministra da Justiça, Helen McEntee. O ministro das Empresas, Simon Coveney, que perdeu para Varadkar na eleição de 2017, descartou a possibilidade de concorrer novamente.

Com Reuters

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