Taiwan ainda tem 660 pessoas presas por causa do terremoto, dizem bombeiros

Seis trabalhadores são resgatados de helicóptero após ficarem ilhados devido à destruição de estradas pelo temor; número de mortos no desastre sobe para 10

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Hualien (Taiwan) | Reuters

Cerca de 660 pessoas ainda seguem presas por causa do pior terremoto em 25 anos em Taiwan, de acordo com o corpo de bombeiros. A maioria está dentro de hotéis em um parque nacional da região, depois de uma estrada ter sido destruída.

Na quarta-feira (3), um helicóptero resgatou seis pessoas ilhadas em um penhasco na região de uma pedreira. A área é próxima do epicentro do sismo, que ocorreu em Hualien, no leste.

A descoberta de um corpo em uma trilha próxima a um desfiladeiro elevou para dez o total de mortos no tremor de magnitude 7,2, de acordo com a Agência Meteorológica de Taiwan. Autoridades afirmam ainda que o número de feridos foi a 1.067.

O Ministério da Agricultura da ilha pediu às pessoas que se afastassem das montanhas devido ao risco de deslizamentos e do acúmulo de água se acumula por trás de detritos instáveis.

O terremoto atingiu o condado de Hualien, em grande parte rural e pouco povoado, enquanto os moradores se preparavam para ir ao trabalho e à escola na quarta-feira. Edifícios também tremeram violentamente em Taipé, mas a capital não sofreu danos significativos.

Todos as pessoas presas em edifícios na cidade mais atingida de Hualien foram resgatadas, mas muitos moradores, perturbados por mais de 300 réplicas subsequentes do tremor, passaram a noite ao ar livre.

"As réplicas foram aterrorizantes", disse Yu, 52, que informou apenas seu sobrenome. "É incessante. Não me atrevo a dormir em casa." Com muito medo de voltar para seu apartamento, ela dormiu em uma barraca em um campo esportivo usado como abrigo temporário.

Dezenas de moradores fizeram fila do lado de fora de um prédio de dez andares gravemente danificado, à espera para entrar e recuperar pertences.

Vestidos com capacetes e acompanhados por pessoal do governo, cada um teve dez minutos para coletar objetos de valor em grandes sacos de lixo, embora alguns economizassem tempo jogando itens pelas janelas para a rua abaixo.

"Este prédio não é mais habitável", afirmou Tian Liang-si, que morava no quinto andar, enquanto se esforçava para reunir seu laptop, fotografias de família e outros itens importantes.

Ela lembrou o momento em que o terremoto fez o prédio balançar e os móveis deslizarem. "Sou nativa de Hualien", disse ela à Reuters. "Não deveria temer terremotos. Mas este é um terremoto que nos assustou."

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