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Coreia do Sul usará armas 'Star Wars' para derreter drones de Kim Jong-un

Sistema neutraliza alvos e os atinge com luz a laser gerada por fibra ótica; especialistas afirmam que eficácia ainda é incerta

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Seul | AFP

A Coreia do Sul iniciará o uso de armas a laser para destruir drones enviados pelo seu vizinho do Norte, liderado pelo ditador Kim Jong-un ainda neste ano, conforme anunciou a agência de fornecimento de armamentos do país à AFP nesta sexta-feira (12).

O novo equipamento, denominado "Projeto Star Wars" por Seul, é invisível e silencioso, não necessita de munição, opera com energia elétrica e tem um custo de apenas 2.000 wons por disparo (o equivalente a quase R$ 8,00), segundo a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (Dapa).

Os sistemas, desenvolvidos pela empresa Hanwha Aerospace, "serão colocados em fase operacional nas Forças Armadas este ano", afirmou à AFP Lee Sang-yoon, funcionário da agência.

A imagem mostra a fachada de um edifício industrial com o logotipo e o nome 'Hanwha Aerospace' visíveis na parte superior. Em frente ao edifício, há um veículo militar camuflado com um grande canhão. O céu está claro e azul.
Fachada da fábrica de armamentos Hanwha Aerospace, em Changwon, na Coreia do Sul, que deve produzir armas a laser - Kim Hong-Ji - 16.mar.23/Reuters

Em alguns testes, de acordo com a Coreia do Sul, o sistema registrou 100% de sucesso para derrubar drones e, com aperfeiçoamentos, pode virar um sistema crucial para combater os mísseis balísticos e ataques aéreos, afirmou a agência.

O sistema "Star Wars" neutraliza os alvos ao atingi-los diretamente com uma luz a laser gerada por fibra ótica. "Quando uma arma a laser transfere seu calor para o drone, a superfície derrete. Quando a superfície derrete, os componentes internos derretem, provocando eventualmente a queda do drone", explica Lee.

A capacidade do Sul de responder às provocações com drones da Coreia do Norte "vai melhorar significativamente" com os sistemas de armas a laser, afirmou a Dapa.

Alguns analistas, no entanto, destacam que ainda é cedo para ter certeza sobre os benefícios do sistema. "Precisamos de mais testes e tempo para determinar se podem ser utilizados como um sistema armamentista eficaz", disse Hong Sung-pyo, pesquisador do Instituto Coreano de Assuntos Militares.

As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde que o conflito entre os países (1950-1953) terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.

A relação entre as duas nações está no pior momento em anos, entre os testes de armas, ameaças do Norte e os exercícios conjuntas do Sul com os Estados Unidos.

Em dezembro de 2022, Seul afirmou que cinco drones americanos entraram em seu território, no primeiro incidente do tipo em cinco anos, e se mobilizou para tentar derrubá-los, sem sucesso.

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