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TV opositora diz que Hugo Chávez não pode influenciá-la
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PATRICIA RONDÓN ESPÍN
DA REUTERS, EM CARACAS
O pequeno canal opositor venezuelano Globovisión afirmou não estar sendo amedrontado pelo presidente Hugo Chávez, mesmo que o governo obtenha um controle acionário significativo e nomeie um representante seu no conselho de administração, como já anunciou que fará.
Na casa cercada onde funciona a emissora, a programação noticiosa continua normalmente e há planos para novas atrações. Ali, a vice-presidente da empresa, María Fernanda Flores, criticou a participação do governo no canal, anunciada nesta semana por Chávez.
Fernando Llano/AP - 14.jul.10 | ||
O presidente Hugo Chávez alegou que o governo tem direito a 48,5% das ações da Globovisión |
"Estamos há 11 anos vendo um governo legislando para fazer armações", disse Flores, acusando as autoridades de terem quebrado propositalmente o Banco Federal, pertencente a um dos sócios da Globovisión, para poder nacionalizar ações da emissora.
Críticos do governo acusam Chávez de ameaçar a liberdade de imprensa no país, enquanto o governo afirma que a Globovisión é parte de um grupo de veículos de comunicação que conspira contra a "revolução socialista" de Chávez.
"Não sabemos por onde eles virão, mas vamos continuar até o último segundo e o último suspiro defendendo o que significa a Globovisión para a Venezuela e o mundo: é o último suspiro da democracia que resta neste país", disse Flores.
DISPUTA
O governo Chávez criou nos últimos anos uma vasta rede de meios estatais de telecomunicações. Ao mesmo tempo, cassou a concessão de veículos de oposição, como o canal RCTV, cuja licença expirou em 2007 e não foi renovada.
Nesta semana, Chávez disse que o governo ficará com 45,8% das ações da Globovisión, sendo 20% ao assumir a parte de um cotista falecido --as concessões de TV não são hereditárias-- e o restante pela nacionalização das ações pertencentes ao Banco Federal.
A Globovisión discorda da tese de que as ações do acionista falecido deveriam passar para o governo. Alega que a concessão não está em nome de pessoas físicas, e sim da empresa Corpomedios.
Ana Cristina Núñez, advogada do canal, disse que Chávez não poderá nomear um membro do Conselho porque, pelos estatutos da emissora, isso não é atribuição individual dos acionistas, e sim da maioria. Ela acrescentou que nenhum acionista minoritário pode alterar a linha editorial do canal nem demitir funcionários.
Chávez disse nesta semana que o governo não pretende nacionalizar a Globovisión, e sim se "incorporar ao negócio". O presidente sugeriu dois nomes para o conselho, ambos apresentadores do canal estatal VTV: Mario Silva e Alberto Nolia.
A Globovisión, que tem 450 funcionários, é vista em sinal aberto apenas em Caracas e outras cidades. No resto do país, está na grade da TV paga.
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