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20/03/2011 - 17h31

Multidão protesta na Síria e incendeia sede do partido Baath

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma multidão ateou fogo neste domingo à sede do partido governista Baath na cidade síria de Deraa, segundo moradores locais, enquanto a onda de insurgência no mundo árabe abala um de seus Estados mais autoritários.

"Eles queimaram os símbolos de opressão e corrupção", disse um ativista. "Os bancos nos arredores não foram tocados."

Milhares de manifestantes foram às ruas para exigir o fim dos 48 anos de estado de emergência na cidade do sul da Síria, no terceiro dia seguido de protestos --maior desafio ao governo desde que o partido Baath tomou o poder, há quase meio século.

"Não, não à lei de emergência. Nós somos um povo apaixonado pela liberdade", cantavam os manifestantes.

Uma delegação do governo chegou a Deraa para enviar condolências aos parentes de pessoas mortas por forças de segurança durante passeatas nesta semana.

Forças de segurança atiraram gás lacrimogêneo nos manifestantes. Ao menos 40 pessoas foram levadas para tratamento por inalação de gás na mesquita de Omari, segundo moradores.

A Síria está em estado de emergência desde que o Partido Baath, liderado pelo ditador Bashar al Assad, tomou o poder em 1963 e baniu toda a oposição.

Na sexta-feira, forças de segurança abriram fogo contra civis que participavam de um protesto pacífico em Deraa, exigindo a libertação de 15 crianças detidas por fazer pichações de protesto que pediam liberdade política e o fim da corrupção. Quatro pessoas morreram.

O governo procurou acalmar o descontentamento público ao prometer a libertação imediata das 15 crianças, que se inspiraram com a insurgência na Tunísia e no Egito.

Neste domingo, Assad destituiu o governador da província de Deraa devido às mortes.

"A destituição do governador se produz em resposta às exigências do povo de Deraa, à luz dos erros mortais que foram cometidos ao tratar com os manifestantes', afirma um comunicado.

Segundo a nota, o presidente enviou uma delegação à região para falar com as famílias das vítimas. A comissão se reuniu com os familiares e prometeu a eles que os responsáveis pelas mortes serão perseguidos.

O grupo ainda recebeu alguns notáveis da cidade e receberam deles diversas exigências, como a libertação de presos políticos.

 

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