Desde 2021, os kits de material escolar e uniforme entregues aos alunos de escolas da rede municipal de São Paulo dão lugar à liberação de créditos por aplicativo, que devem ser utilizados pelos responsáveis em lojas credenciadas pela prefeitura. A troca alavanca o faturamento das papelarias e é incentivada por representantes do setor, como a Adispa (Associação dos Distribuidores de Papelaria).
"O benefício fomenta a economia local, gera empregos e faz com que o valor seja utilizado apenas no município. Hoje, muitas cidades distribuem o material escolar através de um kit, mas dificilmente alguém da região ganha a licitação, então toda a verba vai para fora", diz Márcia Alves, executiva da Adispa.
A entidade promove campanhas há dez anos pelo Cartão Material Escolar, como é chamado o modelo, por meio de diálogos com agentes públicos, como governadores, prefeitos, parlamentares e secretários de educação.
Alves considera que, para além do fator econômico, o formato é positivo por aproximar os responsáveis da vida escolar de crianças e adolescentes e por ajudar a evitar atrasos e erros na entrega de material escolar e de uniformes aos alunos.
Na capital paulista, a Kalunga é uma das papelarias conveniadas para a compra de insumos. No primeiro trimestre de 2023, a rede atendeu cerca de 100 mil beneficiários e obteve crescimento de 15% nas vendas das lojas participantes, diz Hoslei Pimenta, diretor de operações e vendas da empresa.
Entre os impactos positivos, o programa também impulsionou o fluxo de clientes e o conhecimento sobre o portfólio disponível nas unidades —no país, são 222, sendo que 50 estão na cidade de São Paulo. Citada por 40% dos paulistanos na pesquisa Datafolha, a Kalunga foi escolhida a melhor papelaria pela oitava vez consecutiva na premiação O Melhor de São Paulo Serviços.
Outra tendência do setor é a papelaria afetiva, afirma Fernando Ruas, diretor de negócios da Francal Feiras, organizadora da Escolar Office, evento que fomenta o mercado no país e atraiu 16 mil visitantes em sua última edição, realizada em agosto do ano passado.
"É um movimento de volta ao analógico, no qual as pessoas querem ter um planner para se organizar, um caderninho para fazer anotações e uma caneta diferente." Segundo Ruas, o movimento é uma resposta à digitalização intensa nos últimos anos, de modo que o uso dos objetos não ocorre por necessidade, mas por questões afetivas —um dos itens resgatados são os papéis de carta, exemplifica.
Para identificar e antecipar a inclusão de novas tendências de mercado, o mix de produtos da Kalunga —composto por aproximadamente 12 mil itens— é revisado semanalmente. Um dos segmentos atualizados recentemente foi a linha de organização, que ganhou novos modelos de blocos autoadesivos.
"As tendências surgem repentinamente, por isso é necessário que estejamos sempre atentos às mudanças de gostos e atitudes do consumidor, e às predisposições do varejo", diz Pimenta.
O mapeamento também contribui para a escolha de selos e personagens que estampam os produtos licenciados da empresa, preferidos sobretudo por crianças e adolescentes na hora das compras, diz o diretor. Hoje, a empresa possui 20 linhas de marca própria e 65 marcas licenciadas.
KALUNGA
40% das menções
Fundação
1972
Unidades
222 lojas físicas em 20 estados e no Distrito Federal
Funcionários
5,9 mil
Faturamento
R$ 3,2 bilhões em 2022
Crescimento
16,3% entre 2021 e 2022
A Kalunga está há mais de 50 anos em São Paulo, em 50 pontos da cidade, e tem foco na qualidade dos serviços ofertados nas lojas e nos canais digitais sempre com o objetivo de agilizar a vida e o dia a dia das pessoas e empresas, por isso está em posição de destaque na lembrança do consumidor paulistano
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