Descrição de chapéu tecnologia Datafolha

Secretaria de Saúde de SP quer monitorar diabéticos em tempo real por aplicativo

Ao lado do Metrô, SUS vence na pesquisa Datafolha; ferramenta acompanha paciente ao vivo

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São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo investe para consolidar uma ferramenta que disponibiliza diariamente no aplicativo e-saúde SP o nível glicêmico de diabéticos dependentes de insulina que são atendidos em unidades básicas de saúde.

O projeto faz parte dos esforços da pasta municipal para modernizar e agilizar o atendimento na ponta do SUS, eleito pela terceira vez consecutiva o melhor serviço público da cidade pela população das classes A e B, de acordo com pesquisa Datafolha. Neste ano, 15% dos entrevistados escolheram o Sistema Único de Saúde e o Metrô.

Movimento na UBS Humaitá, no bairro Bela Vista, em São Paulo
Movimento na UBS Humaitá, no bairro Bela Vista, em São Paulo - Keiny Andrade - 24.mar.23/Folhapress

No ano passado, o SUS realizou quase 28 milhões de consultas em São Paulo. Também foi realizado 1,3 milhão de dosagens de hemoglobina glicosilada na rede.

A iniciativa integra o Pamg (Programa de Automonitoramento Glicêmico), que hoje fornece a 128 mil pessoas o glicosímetro, aparelho utilizado para medir os níveis de glicose no sangue, além de tiras, lancetas e demais insumos para o controle dos níveis dos pacientes.

A ideia do governo municipal é que os resultados registrados sejam transferidos para o e-saúde SP diariamente, aumentando a base de dados do aplicativo.

Esse compartilhamento é possível porque cada aparelho consegue se conectar, via bluetooth, com o app. Assim, cada paciente pode, ao medir seu nível glicêmico, abrir a plataforma e transferir os dados armazenados no glicosímetro para o aplicativo.

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SUS e Metrô são eleitos os melhores serviços públicos da capital paulista

Os registros são então acompanhados em tempo real por uma equipe da secretaria. Caso o nível glicêmico do paciente não esteja controlado, o sistema emite um sinal vermelho. Em seguida, a pasta contata a UBS de referência do paciente, e os profissionais dessa unidade são orientados a procurá-lo para checar os motivos dessa alteração.

"Com isso, conseguimos ver se o paciente não está seguindo a orientação adequada ou se o organismo dele está resistente ao tratamento", afirma Maurício Serpa, secretário-adjunto de Saúde de São Paulo.

Hoje, na teoria, os 128 mil usuários inseridos no Pamg já conseguem usufruir dessa ferramenta. Na prática, porém, o sistema é mais enxuto. Isso porque nem todas as pessoas sabem utilizar a conexão bluetooth.

Nesses casos, a transferência de dados é feita pelos profissionais de saúde das UBSs quando os usuários vão às unidades retirar mais insumos. Mas, geralmente, pacientes que usam insulina uma vez por dia precisam ir às unidades a cada dois meses, o que anula a possibilidade de acompanhamento em
tempo real.

Além disso, nem todos os profissionais da rede sabem utilizar essa tecnologia —a ferramenta foi inicialmente introduzida no último trimestre de 2022. A Folha esteve em uma UBS em março e conversou com uma profissional de saúde da unidade. De acordo com ela, na prática, a iniciativa ainda anda a passos lentos, exatamente por causa desse tipo de problema.

Por outro lado, é consenso que o sistema, quando estiver funcionando por completo, agregará muito à rotina das unidades.

Para que a ferramenta seja totalmente integrada ao atendimento básico da cidade, todas as UBSs precisam estar conectadas diretamente à rede digital da secretaria ou do Ministério da Saúde.

Atualmente, de acordo com a pasta municipal, 28% das 470 unidades da capital paulista ainda alimentam a rede de forma indireta —nesses casos, os prontuários de cada paciente ainda são físicos e precisam ser inseridos na rede pela equipe administrativa da unidade.

A estimativa do governo é que todas as unidades estejam informatizadas até o próximo ano.


SUS

15% das menções
Fundação 1988
Funcionários 104 mil vinculados ao SUS do município de São Paulo
Unidades 1.027 equipamentos na cidade de SP, entre eles 470 UBSs
Atendimentos 27,9 milhões de consultas em unidades da Secretaria Municipal da Saúde de SP em 2022

Gostaria de agradecer a todos os que fazem o SUS na capital e, principalmente, aos servidores e profissionais empenhados diariamente na busca de aprimoramento do atendimento, renovando ações e garantindo o acesso à saúde da nossa população

Luiz Carlos Zamarco

secretário municipal de Saúde de São Paulo

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