O chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela secretaria, por ministérios e por estatais do governo Jair Bolsonaro.
Wajngarten assumiu em abril de 2019 o comando da pasta, responsável por distribuir a verba de propaganda do governo e demais órgãos federais, e se manteve como principal sócio da FW Comunicação e Marketing. A empresa oferece o serviço de Controle da Concorrência, de estudos de mídia para TVs e agências.
A FW tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vêm crescendo.
A legislação proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. Wajngarten nega que haja conflito de interesses e diz não estar na Secom para fazer negócios.
No episódio desta quinta-feira (16), o Café da Manhã conversa sobre o caso com o repórter Fábio Fabrini, que assinou a reportagem com Julio Wiziack.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia.
O programa é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores, com produção de Jéssica Maes e edição de som de Thomé Granemann.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.