Há sete anos, milhões de brasileiros foram às ruas exigir mudanças. As passeatas chamadas de "jornadas de junho" começaram pedindo a redução do preço da tarifa do transporte público e terminaram infladas por pautas múltiplas.
No último domingo, pelo segundo fim de semana seguido, manifestantes anti-Bolsonaro foram às ruas de diversas capitais gritar contra o racismo e a favor da democracia. Os episódios guardam semelhanças, como a dispersão com spray de pimenta e bombas de gás por parte da PM e casos de depredação do patrimônio por parte dos manifestantes.
Mas junho de 2013 e junho de 2020 têm grandes diferenças, além da desproporção no número de pessoas na rua. Antes, protestar era novidade para muitos e havia uma Copa do Mundo no Brasil pelo caminho. Sete anos depois, as manifestações se tornaram algo mais comum na vida política nacional, mas participar delas agora impõe o risco a pandemia do novo coronavírus.
O Café de hoje vai discutir o significado dos protestos de 2013. E tentar entender o que aquele mês tem em comum com junho de 2020, ou não. A entrevistada é a colunista da Folha Angela Alonso, professora de sociologia da USP e pesquisadora do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores, com produção de Jéssica Maes e Renan Sukevicius. A edição de som é de Thomé Granemann.
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