Sem conseguir encolher a vantagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os evangélicos, o próximo passo da campanha do ex-presidente Lula (PT) deve ser publicar uma carta a esses grupos até o fim de semana.
Os eleitores religiosos estão entre as principais preocupações dos petistas no segundo turno, na tentativa de conquistar os votos que faltam para vencer a corrida presidencial. Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem 62% das intenções de voto entre os evangélicos, contra 31% de Lula.
Ainda não há consenso no partido sobre a publicação da carta, mas a ideia seria usar o documento para assumir compromissos com a liberdade religiosa e rebater informações falsas divulgadas por bolsonaristas.
Em sua fundação, o PT teve vínculos com grupos católicos, que forneceram ideias e quadros para a legenda. Mas, com as mudanças no perfil religioso da sociedade brasileira, o partido enfrenta dificuldades para conquistar os evangélicos.
No episódio desta quinta-feira (13), o Café da Manhã ouve a antropóloga Regina Novaes, coordenadora acadêmica do Instituto de Estudos da Religião e ex-secretária-adjunta da Juventude no governo Lula. Ela explica os laços históricos do PT com a religião, analisa a distância entre o partido e o eleitorado evangélico e avalia os esforços da sigla para correr atrás do prejuízo no segundo turno.
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