Depois de uma semana marcada por novos atritos com o Banco Central e com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apostava na aguardada viagem à China para colher uma repercussão positiva da agenda do governo em Pequim.

O petista se encontraria com o líder Xi Jinping e assinaria uma série de acordos, mas os planos foram atravessados por um problema de saúde. Diagnosticado com uma pneumonia leve na última quinta-feira (23), Lula primeiro adiou o embarque de sábado para domingo e depois teve que cancelar a viagem —agora a ida dele é esperada para a partir de maio, em data ainda a ser confirmada.

Quando puder voltar à agenda interna, o presidente terá que recalcular alguns planos para aliviar o desgaste acumulado na última semana. O comportamento de Lula em uma espécie de "modo palanque" incomodou até mesmo aliados, principalmente ao dizer que via "armação" de Moro no caso em que a Polícia Federal desarticulou um plano da facção criminosa PCC que tinha o senador como um dos alvos.

O episódio desta segunda-feira (27) do Café da Manhã fala desses dias tumultuados de Lula e discute como a oposição vai usar esses fatos. Fábio Zanini, editor da coluna Painel, da Folha, também analisa os impactos da ausência do presidente na China.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Laila Mouallem. A edição de som é de Thomé Granemann.