O apagão que deixou 25 estados -sete deles de forma integral- e o Distrito Federal sem luz na terça-feira (15) deixou o governo Lula sob pressão e levou a uma politização da falha no sistema elétrico.
No mesmo dia, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usaram as redes sociais para ligar a privatização da Eletrobras ao apagão. Na noite desta quarta (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que já se sabe que uma das falhas foi em uma linha da Eletrobras, mas que ela sozinha não causaria o transtorno. Os outros problemas que levaram ao blecaute ainda precisam ser apurados.
O governo tem batido cabeça para dar respostas. Nesta quarta-feira (16), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou que o blecaute foi provocado por um erro técnico. E o ministro da Justiça, Flávio Dino, encaminhou à Polícia Federal um pedido de investigação sobre o apagão elétrico, uma vez que, segundo ele, há ausência de elementos técnicos que expliquem o que aconteceu.
No Planalto, a crise virou a primeira enfrentada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que está exercendo a Presidência enquanto Lula viaja ao Paraguai. Ele foi elogiado por cobrar respostas sem estardalhaço e, ao mesmo tempo, criticado por não ter se envolvido mais a fundo no problema.
O Café da Manhã desta quinta-feira (17) trata do histórico de apagões no Brasil e discute a politização do blecaute desta semana. O podcast entrevista Nicola Pamplona, repórter da Folha.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.