Podcast: por que a ditadura militar no Brasil monitorou o ativismo negro

Nos 60 anos do golpe, Folha analisou documentos que mostram espionagem; movimento afrontava ideologia racial

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São Paulo

Os arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI), aparato de inteligência da ditadura militar, guardam milhares de documentos sobre ativistas, intelectuais e artistas negros. O regime vigiou figuras e movimentos que considerava uma ameaça à forte ideologia racial que defendia: a de que o Brasil era uma democracia racial, fruto da miscigenação.

Uma análise desses registros, feita ao longo de dois meses, baseia uma das reportagens da série da Folha sobre os 60 anos do golpe que instaurou o regime, completados neste domingo (31).

O monitoramento da ditadura a grupos antirracistas e eventos em vários estados tratava o ativismo negro como discriminatório —sob o pretexto de que ele buscava semear o antagonismo racial e, sob influência estrangeira e de comunistas, manchar a imagem do país no exterior, sendo uma ameaça à ordem social.

O Café da Manhã desta segunda-feira (1º) trata dessa vigilância da ditadura a movimentos negros. O podcast traz trechos de uma entrevista com o militante e intelectual Carlos Alberto Medeiros, monitorado na década de 1970, e fala com o repórter Maurício Meireles. Coautor da reportagem, ele conta o que encontrou ao examinar documentos da ditadura e por que havia um pânico do regime com o ativismo negro.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Podcast Café da Manhã - Reprodução
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