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Moro dribla manifestantes na porta da TV Cultura

Protestos aconteciam próximos da portaria principal da emissora, mas juiz entrou pela rua de trás

Wálter Nunes
São Paulo

As duas esquinas da quadra onde fica a portaria principal da TV Cultura, na rua Cenno Sbrighi, foram ocupadas por manifestantes contra e a favor do juiz Sergio Moro. 

Um bloqueio da Polícia Militar e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi feito para impedir o acesso à emissora, onde o juiz era esperado para uma entrevista no programa Roda Viva. 

 

Os carros que chegaram com jornalistas pela esquina da Cenno Sbrighi com a rua Vladmir Herzog foram hostilizados por militantes de esquerda que se reuniram ali. "Moro imoral, juiz parcial", gritava o grupo. 

Na esquina oposta, cruzamento com a rua Iporanga, o ânimo era outro. Vestidos de toga, os manifestantes de grupos de direita saudavam Moro como "guerreiro do povo brasileiro", referência à palavra de ordem de petistas quando da prisão do ex-ministro José Dirceu, no mensalão. 

Enquanto os militantes protestavam, um veículo preto da Mitsubishi com os vidros escurecidos percorria as ruas próximas e estacionou quase na esquina da rua Carlos Spera, que se resume a uma quadra, onde fica a portaria dos fundos da emissora. 

Policiais abordaram dois homens que circulavam por ali. Descobriram então que o local é ponto de prostituição masculina. Ninguém foi retirado do local. Policiais à paisana também andavam pelo lugar. 

Às 20h55 duas Pajeros pretas também com vidros escuros entraram rápido pela ruela. Agentes da Polícia Federal já estavam a espera em frente do portão de trás da emissora. Era Moro que entrava sem ser notado. 

Havia cerca de vinte manifestantes em cada esquina gritando contra e a favor de Moro. Às 22 horas os megafones e carro de som dos militantes de esquerda silenciaram. No grupo da direita, acabaram os rojões. Faltava pouco tempo para começar a entrevista quando todos abandonaram o local. 


 

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