O ex-ministro José Dirceu foi condenado pelo recebimento de R$ 12 milhões em propina da empreiteira Engevix, por meio de contratos superfaturados com a diretoria de Serviços da Petrobras, encabeçada por Renato Duque.
Parte da propina, segundo a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), foi destinada ao PT, que dava sustentação política para que Duque permanecesse no cargo. Ainda de acordo com os procuradores, Dirceu recebeu vantagens indevidas por ter sido responsável pela indicação e manutenção de Duque na diretoria.
Segundo o MPF, a propina foi repassada de 2005 a 2014. Metade ficaria para os agentes da estatal e a outra metade para o PT, sendo parcelas dessa metade destinadas para agentes específicos, como Dirceu.
As vantagens indevidas teriam sido repassadas com a ajuda do operador Milton Pascowitch e sua empresa, a Jamp, por meio da simulação de contratos de consultoria com a Engevix no total de R$ 54 milhões.
Veja a cronologia do caso:
ago 2015 - O juiz Sergio Moro manda prender preventivamente o ex-ministro José Dirceu com a deflagração da 17ª fase da Lava Jato, denominada Pixuleco
junho 2016 - Moro condena Dirceu pela primeira vez, a 20 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
março 2017 - Moro condena Dirceu pela segunda vez, a 11 anos e três meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro
mai 2017 - STF concede habeas corpus e liberta José Dirceu, permitindo que ele aguarde o julgamento dos recursos em liberdade
setembro 2017 - O TRF-4 confirma a primeira condenação de Dirceu e eleva a pena para 30 anos e nove meses de prisão
novembro 2017 - TRF-4 nega embargos de declaração interpostos pela defesa de Dirceu
abril 2018 - TRF-4 julga embargos infringentes de Dirceu e mantém a condenação do ex-ministro
maio 2018 - Dirceu tem o último recurso negado, e a 13ª Vara Federal determina a prisão do ex-ministro
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.