Descrição de chapéu Eleições 2018

Não é o caso de discutir candidatura de Lula no STF, diz Gilmar

Em programa do SBT, ministro disse que inelegibilidade de ex-presidente é questão aritmética

Leandro Colon
São Paulo

O ministro Gilmar Mendes afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve discutir a inelegibilidade do ex-presidente Lula no seu pedido de soltura pendente de julgamento na corte.

"Não imagino que esse tema será tratado diretamente", afirmou o ministro.

A declaração foi dada nesta sexta (3) durante gravação do Poder em Foco, do SBT, do qual a Folha participou. O programa vai ao ar à meia-noite de domingo (5).

"Nem acho que seja o caso de discutir isso (candidatura de Lula) no Supremo. Esse caso tem de ser afetado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", ressaltou o ministro.

"A questão que está posta é quanto ao possível relaxamento da prisão do ex-presidente", disse. Lula está preso desde abril em Curitiba após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ministro participou do programa Poder em Foco, do SBT, que vai ao ar no próximo domingo. - Lourival Ribeiro/SBT

Na quarta (1º), o ministro Edson Fachin, relator do pedido de Lula STF, defendeu que haja celeridade no caso por influenciar as eleições.

“Toda celeridade em matéria eleitoral é importante para não deixar dúvida no procedimento”, afirmou.

Para ele, o ideal é que o tema seja julgado em agosto. A presidente da corte, Cármen Lúcia, já disse que marcará a data quando o pedido estiver pronto para ser julgado.

A discussão sobre a inelegibilidade de Lula foi mencionada em vários trechos no pedido de soltura de sua defesa ao STF. Os advogados do petista, porém, afirmaram à imprensa que não pediram que essa questão seja debatida.

Agora, Fachin quer que os advogados do petista digam oficialmente se querem que o STF decida não só sobre a soltura como também em relação à possibilidade de ele ser candidato.

Para Gilmar Mendes, não há dúvidas sobre o veto à candidatura do ex-presidente.

"Tenho a impressão de que a inelegibilidade do ex-presidente Lula, mantida a condenação, é um caso de  inelegibilidade aritmética, porque ele tem uma condenação em segundo grau", afirmou.

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