'Eleitor está junto com Bolsonaro porque está com medo do PT', diz Alckmin

Candidato afirma acreditar que pode ganhar as eleições porque tem menor rejeição entre os eleitores

Homem pede dinheiro ao candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), durante campanha no Brás, em São Paulo.
Homem pede dinheiro ao candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), durante campanha no Brás, em São Paulo. - Danilo Verpa/Folhapress
Martha Alves
São Paulo

Com 7% nas intenções de voto segundo a pesquisa Ibope, o candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, diz acreditar que pode ganhar as eleições porque tem menor rejeição entre os eleitores que o primeiro colocado Jair Bolsonaro (PSL).

Na entrevista ao Jornal da Globo, na madrugada desta quarta-feira (19), o candidato relembrou a disputa presidencial, em 2006. Segundo ele, as pesquisas eleitorais indicavam uma diferença maior entre ele e o ex-presidente Lula, que tentava a reeleição, daquela que foi registrada na abertura das urnas. 

"Uma parte do eleitor está junto com o Bolsonaro porque está com medo do PT”, ressaltou o candidato.

O ex-governador de São Paulo falou que pretende fazer a reforma na Previdência Social logo no começo do governo. Ao ser perguntado sobre qual será a idade mínima, ele disse que ainda será definida em debate.

"Não vamos reduzir o teto de R$ 5.600 para R$ 4.000 como tem candidato querendo fazer. Vamos agir contra os privilégios que o trabalhador de menor renda paga”, explicou.

Questionado sobre educação, Alckmin afirmou que a avaliação do ensino em São Paulo caiu porque o MEC (Ministério da Educação) não inclui as escolas de ensino técnico. “Os alunos não são avaliados corretamente”.

O presidencial ressaltou que São Paulo tem a melhor rede de ensino técnico e tecnológico da América Latina e que três universidades do estado estão entre as melhores do mundo.

Alckmin também disse que pretende zerar a fila por vagas na pré-escola para que as crianças entrem no primeiro ano praticamente alfabetizadas. “Quero ser o presidente da primeira infância”, falou.

Sobre segurança, o presidencial explicou que pretende integrar as inteligências das polícias e Forças Armadas, investir mais em tecnologias e criar uma guarda nacional para ampliar mais rapidamente o controle das fronteiras. “Não produzimos violência, o nosso problema é na fronteira”, falou Alckmin.

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