Descrição de chapéu Eleições 2018

Holiday, do MBL, segue amigo Kim e se candidatará à presidência da Câmara Municipal

Vereador de São Paulo quer também retomar visitas a escolas para verificar se há doutrinação

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São Paulo

Com o MBL (Movimento Brasil Livre) fortalecido após as eleições de 2018, o primeiro de seus membros a ganhar um cargo eleitoral, o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), diz que se lançará à presidência da Câmara Municipal paulistana.

O slogan da campanha emulará o bordão de Jair Bolsonaro (PSL) nesta eleição, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, só que trocando o nome do país por São Paulo.

Segue os passos do amigo Kim Kataguiri (​DEM-SP), deputado eleito que já mostrou disposição a concorrer pela liderança da Câmara dos Deputados em 2019. E com uma vantagem: a idade.

Fernando Holiday, vereador do DEM e membro do MBL
Fernando Holiday, vereador do DEM e membro do MBL - Karime Xavier/Folhapress

Os dois têm a mesma, 22 anos. Mas Kim, na interpretação de alguns especialistas em direito eleitoral, não pode ser presidente da Câmara.

Ele "ignora que, para chegar como terceiro da linha sucessória da Presidência da República, deveria ter 35 anos completos no ato da investidura", disse à Folha Renato Ribeiro de Almeida, professor da Escola Paulista de Direito e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, quando o futuro deputado anunciou a candidatura. 

"Caso insista na candidatura, certamente algum partido levará a questão ao Supremo Tribunal Federal", segundo Almeida.

Já para ser prefeito a idade mínima é 21 anos. Holiday já a superou em um ano. 

Como Kim, ele não tem o apoio do próprio partido para a empreitada. E, tal qual o colega, diz que o plano é usar as redes sociais para viabilizar a candidatura "de fora pra dentro", ou seja, usando pressão popular. 

"A ideia é sensibilizar os vereadores pelo momento político, a renovação deve vir também em 2020. Então será uma campanha de fora para dentro, mobilizando as redes sociais."

Nas prioridades da campanha, segundo Holiday, estarão: o projeto do Escola Sem Partido, extinção do Tribunal de Contas Municipal, fim das cotas raciais nos concursos públicos, fim do uso de carros oficiais, redução dos gastos da Câmara Municipal, redução gradativa das verbas de gabinete e redução do número de vereadores para a próxima legislatura

O vereador também quer retomar visitas a escolas para averiguar supostas doutrinações ideológicas em sala de aula. 

O secretário municipal de Educação de São Paulo, Alexandre Schneider, por pouco não abandonou o cargo em 2017, após Holiday promover uma blitz em escolas da rede municipal. 

"Evidentemente o vereador exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores", afirmou Schneider à época. 

A diferença é que, agora, as visitas não seriam feitas de surpresa, segundo o parlamentar.

"Houve um pedido de abertura inquérito quanto à minha atuação. Não progrediu, mas deixou em aberto uma questão jurídica: o vereador exerce seu poder de fiscalização individualmente ou somente por meio das comissões e ofícios? A mesa da Câmara entende que vale a segunda tese. Por isso, não voltei a visitar de forma surpresa. Mas pretendo fazer uma agenda em 2019 com escolas que aceitem previamente visitas."

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