Descrição de chapéu Eleições 2018

Marina Silva evita se posicionar sobre 2º turno e diz que será oposição a qualquer governo

'Esta eleição foi marcada pelo que se queria evitar, não promover', afirmou candidata

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Brasília

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, afirmou neste domingo (7) que será oposição a qualquer governo, seja ele de Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). 

A ex-senadora disse, porém, que isso não significa que ficará neutra na disputa de segundo turno entre o deputado federal e o ex-prefeito de São Paulo ou se apoiarão o candidato petista. 

"Independente de quem seja o vencedor, nós estaremos na oposição", disse a presidenciável, que terminou em oitavo lugar, com apenas 1% dos votos. 

Segundo ela, nenhuma decisão foi tomada a respeito da nova fase da eleição. Há, porém, pressão de parte da Rede para que ela declare apoio a Haddad, mas a posição não é consensual. 

"Nós não temos nenhuma identificação com nenhum projeto autoritário", disse a ex-senadora, em alusão a Bolsonaro. Em seguida, no entanto, afirmou que a democracia é "prejudicada pelas ideias autoritárias quanto pelo uso da corrupção que distorce a vontade dos eleitores".

Abatida, ela agradeceu familiares e coordenadores da campanha e foi recebida com uma salva de palmas no comitê central, em Brasília. 

A ex-senadora culpou a polarização e o voto útil pela queda acentuada. Marina começou a disputa em segundo lugar, com 16% das intenções de voto, e sua candidatura começou a desmanchar a partir da entrada de Haddad no páreo, em meados de setembro. 

"Infelizmente em uma realidade marcada cada vez mais pela velha polarização que agora se tornou tóxica nessa campanha as candidaturas que não estavam nesses polos tóxicos acabaram sofrendo um esvaziamento em nome do voto útil", disse. 

"Parece que essa eleição foi marcada por aquilo que se queria evitar, não que se queria promover", afirmou. 

Marina disse ter entrado em contato com ambos os candidatos que seguiram para o segundo turno ---mas fez questão de ressaltar, ao falar de Bolsonaro, que se tratava "tão somente do cumprimento que deve ser feito numa democracia". 

Questionada sobre a diminuição de seu capital político ---que caiu de 20 milhões de votos para apenas um milhão--- a candidata disse não tratar votos como "herança". 

"A democracia pressupõe o direito de fazer escolhas", afirmou. "Nossos eleitores são pessoas muito conscientes e fizeram suas escolhas diante do que acharam ser mais interessante nesse momento para o Brasil.

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