Descrição de chapéu Eleições 2018

TSE manda remover da internet 35 'fake news' que atacam Haddad

Ministro atendeu a um pedido da coligação do PT formulado na quinta-feira (4)

Letícia Casado Reynaldo Turollo Jr.
Brasília

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Carlos Horbach determinou ao Facebook e ao Google, neste sábado (6), que removam da internet em até 24 horas 35 publicações com conteúdos falsos ou montagens grosseiras contra o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

Horbach atendeu parcialmente a um pedido feito na quinta (4) pela coligação de Haddad, que abriu um canal para que internautas pudessem denunciar possíveis “fake news”.  Em parte dos links denunciados ao TSE o ministro não viu irregularidades, mas, em outra parte, o ministro considerou haver indícios de ilicitude.

Além da remoção dos conteúdos, Horbach determinou que o Facebook e o Google forneçam à Justiça o IP (número identificador) dos computadores usados, os dados cadastrais dos detentores dos perfis nas redes sociais e outras informações sobre acesso à rede.

O conteúdo das postagens está relacionado a oito temas, como “crianças” —informação de que Haddad quer que as crianças sejam propriedade do Estado—, “sexualidade” —notícia falsa de que o petista vai distribuir mamadeiras com bico de pênis—, “economia” —Haddad irá confiscar a poupança— e “religião” —Manuela d’Ávila, candidata a vice, vestindo camiseta de Jesus travesti.

Há também links pedindo voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato, atribuindo a ele o número 17, que é do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro.

 A decisão de Horbach é uma das de maior extensão que o TSE proferiu nestas eleições. Como a Folha noticiou nesta sexta (5), o tribunal não teve êxito na contenção da disseminação de “fake news”. A corte informou que, até a última quarta (3), abriu 19 processos, em tramitação ou já encerrados, sobre notícias falsas durante a disputa deste ano. 

MANUELA

Também neste sábado, em outro processo, o ministro Sérgio Banhos, do TSE, mandou o Facebook retirar do ar, em até 24 horas, cinco postagens sobre Manuela d'Ávila. A rede social também deverá fornecer os dados dos responsáveis pelas contas que disseminaram notícias falsas sobre a candidata a vice.

Uma das postagens atribui a Manuela a seguinte frase: “O cristianismo vai desaparecer. Vai diminuir e encolher. Nós somos mais populares do que Jesus neste momento”.Segundo os advogados da coligação, a informação falsa manchou a imagem da candidata frente ao público cristão, “chocando um sem-número de pessoas que se ofenderam com a suposta frase dita por Manuela”.

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