Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Toffoli diz acreditar que Bolsonaro cumprirá a Constituição

Durante discurso, ministro afirma que não há democracia sem liberdade de imprensa

Gustavo Uribe Ranier Bragon
Brasília

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), José Dias Toffoli, defendeu nesta terça-feira (6) a harmonia entre os Poderes da República e disse acreditar que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, cumprirá a Constituição Federal.

Durante o evento em comemoração aos 30 anos do texto constitucional, no qual se sentou ao lado do capitão reformado, ele pregou o respeito à separação dos Três Poderes e disse que não há democracia sem liberdade de imprensa.

"No último ato de campanha, o senhor estava com essa Constituição na mão. E disse que, uma vez eleito, iria cumpri-la. E vai cumprir as leis do Brasil", disse Toffoli a Bolsonaro.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene do Congresso Nacional para comemorar os 30 anos da Constituição Cidadã. Presidente eleito Jair Bolsonaro e Dias Tofolli
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene do Congresso Nacional para comemorar os 30 anos da Constituição Cidadã. Presidente eleito Jair Bolsonaro e Dias Tofolli - Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Desde que foi eleito, o presidente eleito tem feito ataques a veículos de imprensa. Antes da campanha eleitoral, seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que bastam um soldado e um cabo para fechar o STF.

"Não existe democracia sem o Poder Judiciário forte, independente e autônomo", disse Toffoli. "E imprensa livre é fundamental para a República e para a democracia", acrescentou.

Em discurso, o presidente do STF disse ainda que, com o fim do processo eleitoral, é o momento dos Poderes da República se unirem para promover o desenvolvimento do país.

"O país precisa encontrar um ponto de união em meio às diferenças, como é próprio do Estado democrático de Direito", ressaltou.

Para ele, é o momento da política "voltar a liderar" e caberá ao STF "pacificar os conflitos" e "garantir segurança jurídica". Ele defendeu a necessidade ainda de promoção de reformas tributária e previdenciária e de políticas de promoção da segurança pública.

"O STF estará sempre a postos", ressaltou. 

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