Chance de cirurgia está bastante afastada, diz Bolsonaro, do hospital

Em entrevista ao lado de médico, presidente afirmou que pode ter alta nesta sexta (16); equipe médica diz ainda não haver previsão para mandatário deixar unidade hospitalar

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Brasília

Deitado em uma cama de hospital, ao lado do cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (15) que não deverá ser submetido agora a uma cirurgia.

"Dada a facada que eu recebi e quatro cirurgias, essa obstrução [intestinal] é sempre um risco muito alto. Mas, graças a Deus, de ontem para hoje, evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está bastante afastada", disse o presidente ao programa do apresentador bolsonarista Sikêra Júnior, em entrevista ao vivo.

O presidente Jair Bolsonaro em imagem divulgada por ele em suas redes sociais nesta quarta-feira (14)
O presidente Jair Bolsonaro em imagem divulgada por ele em suas redes sociais nesta quarta-feira (14) - Facebook @jairbolsonaro

A informação foi confirmada pelo médico, que estava em pé ao lado do paciente.

"A cirurgia, a princípio, está afastada, uma vez que o intestino começou a funcionar e o abdome está mais flácido e mais funcionante", disse Macedo.

O médico afirmou ainda que a sonda gástrica que Bolsonaro estava usando seria retirada, mas que o mandatário teria que seguir uma dieta líquida.

Logo em seguida, a equipe médica divulgou boletim informando que a sonda havia sido retirada e que planeja-se o início da alimentação para esta sexta (16).

No programa, Bolsonaro disse que deveria ter alta também nesta sexta, mas a nota dos médicos informou que ainda não há previsão para isso.

"E aquela área obstruída do lado esquerdo [do abdome], fruto de aderências decorrentes de toda essa complicação que ele teve, já esta mais palpável, pode permitir a retirada da sonda gástrica, ainda garantindo dieta líquida."

Bolsonaro apresenta uma obstrução no intestino, o que gerou acúmulo de líquido no estômago e dores abdominais. A complicação se soma a outros momentos de internação do presidente após a facada sofrida em 2018.

Às 13h29, a conta do presidente no Twitter publicou um sinal de positivo e uma bandeira do Brasil. Mais tarde, Bolsonaro voltou a publicar na rede social, informando que, devido à internação, não fará sua tradicional live das quintas-feiras e nem poderá comparecer a motociata marcada para sexta-feira (16), em Manaus.

A conta de Bolsonaro também publicou sobre o depoimento do empresário Cristiano Carvalho, que relatou à CPI da Covid nesta quinta como foi a negociação por 400 milhões de doses da AstraZeneca, sem aval da fabricante, com a cúpula do Ministério da Saúde e a intermediação de militares e uma ONG evangélica.

Ele mencionou trechos da fala do empresário e atacou o G7, grupo de senadores independentes ou de oposição, especificamente a cúpula da CPI, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).

"O que frustra o G-7 é não encontrar um só indício de corrupção em meu governo. No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago", publicou a conta do presidente.

"No circo da CPI Renan, Omar e Saltitante estão mais para três otários que três patetas", concluiu a publicação.

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