Há dez anos, uma iniciativa pioneira abriu caminho para a transformação digital da Folha. Em junho de 2012, o jornal se tornou o primeiro do Brasil a adotar um modelo de negócio que viraria referência: o chamado paywall (muro de pagamento) poroso.
O sucesso do formato, adotado inicialmente pelo britânico Financial Times e pelo americano The New York Times, mostrou que havia, também para o jornalismo, um caminho possível na transição para a internet, assim como ocorreu em áreas como a música e o cinema.
Desenvolvido internamente, o sistema de paywall foi implantado primeiramente no aplicativo em HTML5, em janeiro de 2012, para testes, antes de chegar ao site do jornal.
No formato inicial desse modelo, a assinatura se concentrava entre os internautas de acesso mais frequente, sendo franqueado um número de textos por mês para leitura gratuita. Com o tempo, o sistema foi se sofisticando, e hoje varia de acordo com o hábito de navegação do internauta.
O acesso a algumas partes do site não é contado no paywall. As capas, as páginas do Empreendedor Social, o painel do leitor e o Blog do Treinamento são alguns exemplos. Além disso, em 2020, no início da pandemia, a Folha tomou a decisão de liberar todos os textos com serviços relevantes sobre Covid (veja aqui). Por outro lado, há também áreas exclusivas para assinantes, como as colunas e blogs.
Graças ao paywall, a Folha se tornou o primeiro grande jornal do país a ter mais assinantes digitais do que impressos. Hoje, segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação), cerca de 300 mil pessoas pagam para ler as versões digitais.
Após a implantação do modelo, o jornal avançou em várias outras frentes do universo digital, conseguindo novos formatos de receita para financiar sua produção.
Entre essas frentes estão a organização de seminários, também transmitidos pela internet, o lançamento de diversos podcasts, a confecção de especiais aprofundados temáticos, a criação de novos formatos comerciais no site, incluindo publicidade legal, a implantação de um estúdio de produção de conteúdo customizado para clientes, o Estúdio Folha, separado da Redação.
Em anos mais recentes, a remuneração das chamadas big techs aos produtores de notícias tornou-se outra fonte de financiamento. A Folha mantém parcerias com Google e Facebook, além de investir fundos especiais recebidos para projetos específicos, como o Voz Delas, do Innovation Challenge.
"Em todo o mundo, o jornalismo profissional precisa do dinheiro dos
assinantes para se manter independente", afirma Sérgio Dávila, diretor de Redação da Folha.
"A qualidade do conteúdo é fundamental para o sucesso do modelo", aponta o diretor de mercado leitor e estratégias digitais, Anderson Demian. "A maior parte das assinaturas digitais atualmente chega por links das matérias ou de textos de opinião."
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