Em uma série de postagens nas redes sociais, o deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) afirmou na noite deste domingo (25) ter sido vítima de um atentando enquanto fazia campanha pela reeleição em Montes Claros, norte de Minas Gerais.
"Bolsonarista disparou três tiros contra o carro de som em que eu estava, durante carreata em Montes Claros. Até aonde vai esse ódio?", perguntou. O autor dos disparos é um policial militar que estaria de folga.
Na manhã de sexta-feira (23), um homem deu tiros para o alto, ameaçou e hostilizou cabos-eleitorais petistas que faziam campanha na cidade.
O episódio aconteceu no bairro São Geraldo, onde ocorria uma ação de campanha de Guedes, do candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com carros de som, bandeiraço e entrega de santinhos.
"É um ato que atenta contra a democracia e o processo eleitoral", afirmou o advogado Edmo de Oliveira, coordenador jurídico da campanha de Guedes, na ocasião. Ele afirmou ainda que não foi o primeiro caso em que equipes da campanha foram ameaçadas em Montes Claros.
Chamada pelo parlamentar, a Polícia Militar foi até o local, abordou e deteve o suposto atirador neste domingo, mas não divulgou detalhes do que aconteceu.
O deputado reclamou da falta de informações e cobrou a presença da Polícia Federal.
"E isso porque foi um atentado a um deputado federal, imaginem se tivesse sido com mais um militante que estava na caminhada. Descaso, desrespeito", disse.
Guedes afirmou que a Polícia Militar não fez teste de bafômetro e toxicológico no homem suspeito. O deputado postou foto da cápsula disparada, do suspeito e da placa do carro em que o homem estava. Também gravou vídeos pedindo providências.
"Esse é o Brasil armado que querem. Crianças entraram em pânico, mulheres, todos em um ato político. Foi tentativa de homicídio sim. Não arredaremos pé enquanto não forem presos os criminosos."
Guedes se dirigiu ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), para cobrar a responsabilização do atirador. "Foi um atentado sim e tudo está muito estranho", reforçou.
A Polícia Militar emitiu nota dizendo que prendeu o militar suspeito de efetuar os disparos e apreendeu a arma. O texto diz ainda que a corregedoria da instituição acompanha o caso.
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