Descrição de chapéu Eleições 2022

Dados parciais apontam vitória de Lula na Austrália e de Bolsonaro no Japão

Votações para o segundo turno já foram encerradas na Oceania e Ásia

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Madri, Roma e São Paulo

Países da Oceania e da Ásia já encerraram as votações do segundo turno e, apesar de não haver resultados oficiais, já é possível ver uma tendência pelos boletos das seções eleitorais. Pelo que eleitores compartilharam nas redes sociais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como vitorioso na Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul, enquanto Jair Bolsonaro (PL) sai na frente no Japão.

Em Sydney, na Austrália, por exemplo, os boletins de 11 seções de votação mostram Lula na frente com 2.206 dos votos, o que corresponde a 61,3% votos, contra 1.392 votos (38,7%). Os dados são semelhantes aos registrados na Nova Zelândia, onde Lula aparece com 389 votos (70,3%) contra 164 de Bolsonaro (29,6%), pelos dados parciais.

A Coreia do Sul também tem Lula como o preferido dos brasileiros que residem no país. O candidato do PT teve 126 votos, enquanto o atual presidente brasileiro recebeu 70, o que corresponde a 64,2% e 35,7%, respectivamente. Já no Japão, a tendência é outra. Em Nagoia, Bolsonaro aparece bem na frente, com 3,488 votos (84,3%) contra 651 (15,7%) de Lula.

Boletos de seções eleitorais de Nagoia, no Japão
Boletos de seções eleitorais de Nagoia, no Japão - Reprodução/Twitter

Na China, os dados disponibilizados até agora apontam uma disputa mais acirrada, apesar de também ter Lula na frente. Boletos de seções das cidades de Pequim, Xangai e Cantão mostram 199 votos para o petista, o que corresponde a 57,7% do total, enquanto Bolsonaro conta com 146 votos (42,3%). Lula aparece como o mais votado em Pequim e Xangai, e Bolsonaro em Cantão.

Em Moscou, Lula repetiu o cenário do primeiro turno, quando teve 45 votos. Agora, teve 46. Já Jair Bolsonaro (PL) viu seu apoio cair de 28 para 23 eleitores. A particularidade da eleição na Rússia é a ausência de urnas eletrônicas, já que a unidade que deveria ser enviada para a capital não teve como chegar, dadas as sanções contra o país de Vladimir Putin devido à Guerra da Ucrânia.

Israel também repetiu o resultado de 2018 a favor de Bolsonaro. Sua vantagem, no entanto, diminuiu de lá para cá. Se antes ele teve 77,3% dos votos diante de Fernando Haddad (PT), agora marcou 53,4% (405 votos). Lula (PT) teve 46% (353 votos). Já em Ramallah, capital da Autoridade Nacional Palestina, Lula confirmou o favoritismo com 90,5% (584 votos) contra 9,5% (61 votos) do rival.

Lula foi o mais votado também em Angola, na África. Ele teve 124 votos entre 230, ou 53,9%, contra 99 dados a Jair Bolsonaro (PL), ou 43%. A embaixada do Brasil em Luanda ainda registrou cinco votos nulos e dois brancos. Ex-colônia portuguesa, Angola é um dos países da África sub-saariana com o maior número de brasileiros registrados, que foram atraídos por empresas de infraestrutura.

As votações continuam em vários outros países, com filas pontuais, ao contrário do que aconteceu no primeiro turno.

Segundo apuração dos boletins de 63% das urnas de 18 países da Europa, o ex-presidente Lula exibe uma vantagem de 67,64% dos votos válidos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro recebe 32,36%.

Lula aparece à frente em 14 dos 18 países da Europa que têm locais de votação. Na Grécia, Bolsonaro venceu (55,63%), e três países ainda não tiveram a contabilidade anunciada.

A apuração é divulgada por um grupo de fiscais voluntários da coligação PT-PCdoB-PV, que está organizando uma contagem paralela em colégios eleitorais da Europa, com base nos boletins de urna —que pela regra devem ficar expostos em cada seção eleitoral.

Na França, 100% dos boletos já foram impressos e verificados. Paris, o único local de votação no país, é o nono maior colégio eleitoral no exterior. O petista teve 82,94% (7.885) dos votos válidos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou com 17,06% (1.622).

Na Itália, onde se vota em Milão e Roma, com 100% dos boletins impressos, Lula ficou em primeiro, com 55,29% dos votos válidos (5.810); Bolsonaro, 44,71% (4.698).

Também já finalizaram a apuração a Áustria (71,7% de Lula; 28,3% de Bolsonaro), a Dinamarca (84,1% a 15,9%), a Espanha (64,62% a 35,38%) a Holanda (78,41% a 21,59%), a Hungria (85,28% a 14,72%), a Polônia (75,71% a 24,29%), a República Tcheca (79,67% a 20,33%), a Suécia (76,71% a 23,29%) e a Suíça (52,36% a 47,64%).

Alemanha, com 88% das urnas apuradas, dá 76,79% para Lula e 23,21% para Bolsonaro. Reino Unido, com 63% dos boletins verificados, tem 57,89% para Lula e 42,11% para o presidente.

Faltam a divulgação dos resultados de Bélgica, Irlanda e Portugal.

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