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Rodrigo estende tapete vermelho a Bolsonaro em jantar no Palácio dos Bandeirantes

O candidato ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também esteve no local

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São Paulo

A convite do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais aliados participaram de um emblemático jantar no Palácio dos Bandeirantes, na noite desta quinta-feira (20).

O candidato ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também esteve no local.

Ao deixar o Palácio dos Bandeirantes por volta das 23h50, Bolsonaro disse apenas que a maratona na busca por votos continuará nesta sexta (21) e reiterou que o ministro Paulo Guedes, da Economia, concederá aumento real do salário mínimo. Questionado sobre o teor das conversas no jantar, Bolsonaro se esquivou e perguntou qual o time preferido de Rodrigo, que é santista.

Bolsonaro, Tarcísio e Rodrigo em tapete vermelho
O presidente da República Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas, candidato pelo Republicanos ao governo do estado de São Paulo, e o governador Rodrigo Garcia participam de uma reunião com lideranças políticas na noite desta quinta-feira (20), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. - Bruno Santos/ Folhapress

"A conversa foi sobre o futuro do Santos", ironizou Bolsonaro.

Aliados de Rodrigo avaliaram que o jantar serviu para saciar o apetite de Bolsonaro em contar com a disposição dos paulistas para derrotar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Enquanto Rodrigo demonstrou, mais uma vez, o seu empenho em torno da candidatura de Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no estado.

"Fizemos questão de convidar amigos e amigas que estiveram conosco nessa jornada para reforçar o nosso apoio", disse o governador ao recepcionar Bolsonaro e Tarcísio. "Todos nós sabemos o que está em jogo no próximo domingo [30] e por isso estamos aqui para reforçar o nosso apoio incondicional."

Depois foi a vez de Bolsonaro pedir a colaboração dos presentes no jantar em torno da sua candidatura.

"Peço a vocês, já que há uma diferença enorme entre nós e o outro lado, que a gente possa colaborar, trazer mais gente para que tenhamos certeza de que o Brasil não voltará a ter aquele retrocesso, todos sabem o que foi o período de 2003 a 2016", afirmou Bolsonaro.

Neste segundo turno, o presidente direcionou sua campanha para São Paulo, onde venceu no primeiro turno, e Minas Gerais como forma de compensar a vantagem de Lula.

À tarde, Rodrigo já havia feito um discurso antipetista no Canindé, ao lado do governador Romeu Zema, de Minas Gerais.

Para o jantar no Palácio, Rodrigo convidou 85 políticos, entre eles, deputados estaduais, prefeitos de algumas das cidades mais populosas do interior e da Grande São Paulo.

Lideranças partidárias como Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) também marcaram presença. Já a comitiva bolsonarista reunia nomes como o deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PL), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e Fábio Wajngarten, coordenador da campanha de reeleição de Bolsonaro.

Foi a primeira vez em que Bolsonaro, durante o seu mandato presidencial, pisou no Palácio dos Bandeirantes. No mesmo local em que João Doria, governador até abril deste ano, concedeu inúmeras coletivas de imprensa com críticas à atuação do governo federal na pandemia de Covid-19.

Desafeto de Bolsonaro, Doria se desfiliou do PSDB às véspera de Rodrigo receber a comitiva bolsonarista. Enquanto governador, Doria e o mandatário da nação viveram uma relação bastante tensa, com troca de ofensas pessoais inclusive.

Até mesmo Rodrigo, durante a campanha, reservou parte das suas propagandas para atacar o fato de o governo federal ter investido menos recursos em São Paulo comparando com as demais federações.

Rodrigo e Bolsonaro vêm se aproximando desde que o tucano fracassou em sua tentativa de se manter no Governo de São Paulo. Dois dias após a derrota no primeiro turno, Rodrigo anunciou apoio incondicional a Tarcísio e Bolsonaro.

O anúncio gerou uma crise entre os tucanos, que pretendiam se manter neutros na eleição nacional.

No jantar desta quinta, o presidente adentrou ao Palácio pelo hall nobre adornado por um suntuoso tapete vermelho, por volta das 22h30 —o evento estava agendado para 21h, mas o presidente estendeu a sua participação no podcast Inteligência Ltda, que chegou a ser assistido por até 1,8 milhão de espectadores simultâneos.

Bolsonaro exibiu uma camisa da seleção brasileira, com o número 22 nas costas e disse que pertencia a Rodinei - jogador do Flamengo que fez o gol de pênalti sobre o Corinthians na final da Copa do Brasil.

Como protocolo, coube ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) orientar o estafe de Rodrigo a delimitar áreas de convidados, funcionários e a imprensa.

No jantar foi servido massa (penne ao molho alfredo ou bolonhesa), sorvete de creme com calda de chocolate e frutas fatiadas. Não teve bebida alcoólica, somente suco e refrigerante.

Rodrigo havia combinado uma pizzada, mas a comitiva de Bolsonaro optou pelas massas.

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