O inquérito que apurava a perfuração de uma das janelas da Redação da Folha por um projétil, em 6 de julho do ano passado, foi arquivado pela Justiça paulista a pedido do Ministério Público.
Segundo o promotor Maurício Salvadori, que assina o pedido de arquivamento, não houve condições de apurar a autoria ou se o projétil era proveniente de uma arma de fogo.
O episódio ocorreu por volta das 22h30 daquele dia, quando o objeto atingiu uma das janelas da Redação, no quarto andar do prédio localizado na região central da capital paulista. Os jornalistas que estavam no local ouviram um estampido, mas ninguém foi atingido.
À época, policiais que estiveram na sede do jornal e iniciaram as investigações encontraram o projétil, esférico, nas imediações. O delegado Severino Pereira Vasconcelos afirmou na ocasião que o projétil poderia ter saído de uma arma de cartucho.
Após o caso, a Secretaria Especial de Comunicação do Governo de São Paulo disse considerar "inaceitável qualquer tipo de ataque ou intimidação aos jornalistas, aos veículos de comunicação e à liberdade de imprensa".
"Jornalismo responsável e independente, como o praticado pela Folha de S.Paulo, faz parte da essência da democracia e dos valores da sociedade paulista", afirmou a pasta, que disse acompanhar o trabalho da área de inteligência da Polícia Civil.
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