Descrição de chapéu ataque à democracia

Ex-GSI se defende após imagens do 8/1 e diz que conduzia golpistas para serem presos

General Gonçalves Dias pediu demissão após desgaste com divulgação de imagens do 8/1

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Brasília

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), se defendeu das acusações de leniência sua e do órgão que comandava durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

O general afirma ser um "absurdo para a sua imagem" associá-lo ao agente do GSI que oferece água aos manifestantes e que colocou seu cargo à disposição, embora esteja "muito triste", para que a investigação seja feita.

Lula durante evento no qual anunciou Gonçalves Dias como novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional - Pedro Ladeira - 29 dez. 2022/Folhapress

A CNN Brasil divulgou imagens do circuito interno da segurança do Palácio do Planalto durante a invasão da sede da Presidência da República. Nas gravações, os vândalos receberam água dos militares e cumprimentaram agentes do GSI durante os ataques.

O próprio Gonçalves Dias circula pelo terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República, enquanto os atos ocorriam no andar de baixo.

"Então, eu estou muito triste. Estou muito triste, coloquei meu cargo à disposição do presidente da República para que toda a investigação seja feita", afirmou em entrevista à Globonews.

O general reclamou da divulgação das imagens, que buscam associá-lo a outro agente do GSI que estava distribuindo água para os manifestantes que estavam vandalizando o Palácio do Planalto. Disse que era um "absurdo para a minha imagem".

"Isso é um absurdo, colar a minha imagem naquela situação momentânea que estava ali. Colar minha imagem àquele major distribuindo água a manifestantes. Fizeram um corte específico na produção, na produção dos vídeos que vocês olharam", afirmou na entrevista.

Gonçalves Dias também se defendeu das críticas por aparecer nas imagens indicando a saída para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Afirmou que essa ação fazia parte da estratégia, de buscar cercá-los no segundo andar do palácio, para que todos fossem presos.

"A nossa técnica aqui dentro depois, depois da invasão, foi retirar as pessoas do quarto piso, retirar do terceiro, colocá-los no segundo e, no segundo, efetuar a prisão. Prendemos mais de 250 pessoas aqui dentro, que invadiram, que depredaram", afirmou.

"Ninguém fala, mas nós preservamos o terceiro piso praticamente todinho, o coração do Planalto que é a sala do presidente. Ela foi preservada, toda a ala do gabinete pessoal foi preservada e o quarto piso foi preservado por completo desses invasores", completou.

GDias, como é chamado, deixou o governo na tarde desta quarta-feira (19), desgastado com a divulgação de imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto, que mostram agentes interagindo com os manifestantes golpistas.

Ele entregou seu pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião no Palácio do Planalto. O mandatário aceitou a solicitação.

Lula já havia convocado antes ministros para uma reunião para tratar da situação do chefe do GSI, após a repercussão com a divulgação de imagens do dia 8 de janeiro.

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