Zema justifica fala sobre Mussolini e diz que prefere apoiar alguém a ser candidato em 2026

Em entrevista à GloboNews, governador de Minas disse que não pensa como o ditador fascista italiano

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Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) afirmou nesta quarta (12) em entrevista à GloboNews que não está em seu "radar" focar as eleições presidenciais de 2026.

"Eu prefiro apoiar alguém que ser candidato", declarou.

Zema é apontado, juntamente com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possível candidato do campo da direita depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi declarado inelegível.

O governador de Minas, Romeu Zema - Gil Leonardi - 27.mai.21/Divulgação Governo MG

Apesar da afirmação, o próprio Zema já admitiu anteriormente a possibilidade de se candidatar à Presidência.

Na festa da vitória em primeiro turno em 2022, ao ouvir gritos de "presidente", o governador: "Se fizermos um bom governo, por que não?"

Na entrevista desta quarta, Zema respondeu ainda sobre uma publicação que fez nas redes sociais citando frase do ditador fascista italiano Benito Mussolini. "Fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do indivíduo", postou o governador, no início do mês.

A publicação ocorreu um dia depois do julgamento de Bolsonaro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os dois foram aliados na última campanha eleitoral.

À GloboNews o governador afirmou que a postagem se trata de "um alerta". "Quem me acompanha nas redes sociais sabe que publico frases de manhã cedo e à noite. Gosto muito de frases e pensamentos", disse Zema.

"A publicação dessa frase foi muito mais um alerta que eu quis dar, porque quem conhece o meu posicionamento sabe que a única coisa que não sou é alguém do estilo do Mussolini", acrescentou o governador.

O chefe do Poder Executivo de Minas Gerais disse ainda que é o contrário de Mussolini que, segundo Zema, acreditava num Estado onipotente. "O que faço aqui é o contrário. Tenho enxugado o Estado", afirmou.

Questionado se faria um mea culpa pela declaração, o governador pediu desculpas caso tenha ofendido alguém. "A intenção não era essa."

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