PF investiga Bolsonaro de forma técnica, séria e isenta, diz Dino

Ministro da Justiça afirmou haver a possibilidade de reter o passaporte do ex-presidente, mas que isso ainda não foi pedido

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Belo Horizonte

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (21) em Belo Horizonte que as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são conduzidas de forma técnica, séria e isenta.

"Cabe a mim garantir ao povo brasileiro, especialmente à população de Minas Gerais, que a investigação é técnica, séria, isenta e está sendo bem conduzida. Bem conduzida no sentido de não haver interferência externa, nem no sentido de perseguições, nem no sentido de haver proteções", disse.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, conversa com Lula durante a 7ª Marcha das Margaridas - Pedro Ladeira - 16.ago.2023/Folhapress

A declaração foi dada ao responder pergunta sobre a possibilidade de o ex-presidente ser preso. O ministro foi a Belo Horizonte para anúncio de recursos na área da segurança pública.

Dino mencionou três investigações em que Bolsonaro é citado: a das joias recebidas durante o mandato, dos ataques golpistas de 8 de janeiro e sobre suposta fraude no cartão de vacinação.

O ministro admitiu a possibilidade de o passaporte do ex-presidente ser apreendido, mas afirmou que, por enquanto, essa solicitação ainda não foi feita à Justiça. "Não antecipo investigação, não presido investigação. O que posso falar é que legalmente é possível. Nesse momento ainda não houve esse pedido", afirmou.

A jornalistas o ministro rebateu cobrança feita por parlamentares da oposição na CPI do 8 de janeiro por imagens dos ataques. Integrantes da comissão afirmam que o governo estaria tentando esconder gravações. O auxiliar de Lula disse que as gravações já foram entregues e que, se houver outras, serão enviadas.

"Estamos diante de uma situação em que terroristas, agressores, criminosos tentam desviar a atenção. Então, tem muita invenção. Essa é uma das invenções", afirmou. "O que aconteceu no dia 8 de janeiro? Um conjunto de pessoas extremistas, violentas, criminosas foram incentivadas a quebrar tudo", acrescentou.

Segundo o ministro, a oposição fez declarações sobre os ataques que até hoje não se confirmaram. "Desde o dia 9 de janeiro falam em infiltrados. Nunca apareceu um infiltrado. Desde o dia 9 de janeiro falam que houve omissão. Nunca apareceu omissão", declarou.

Disse que as imagens estão no inquérito da PF. "Se houver outras imagens serão entregues do mesmo jeito, porque não temos nenhum problema com transparência. Nós fomos vítimas de crimes. Somos vítimas de uma vil tentativa de golpe de Estado. Não há nada que consiga alterar essa realidade", disse.

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