Descrição de chapéu Folhajus

Defesa de Bolsonaro diz que PF apreendeu objetos de pessoas sem relação com inquérito

Advogado de assessor afirma que cliente foi vítima de apreensão 'com base em maldosa e indecorosa' interpretação de ordem judicial

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Brasília

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou nota nesta segunda-feira (29) afirmando que a PF agiu com excesso nas buscas realizadas em operação mirando o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em Angra dos Reis.

"A defesa entende que houve um excesso no cumprimento da busca e apreensão, ao passo que foram apreendidos objetos pessoais de cidadãos diversos do vereador Carlos Bolsonaro, apenas pelo fato de estarem no endereço em que a busca foi realizada", diz nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

A defesa também citou que foram apreendidas também anotações da live que o ex-presidente havia participado no domingo (28).

Os advogados afirmaram também: "Apesar da minuciosa busca feita pelos agentes em todos os cômodos do imóvel, com a nítida tentativa de encontrar algo que pudesse comprometer a reputação ilibada do ex-presidente da República, nenhum item seu foi apreendido".

Tércio Arnaud com o presidente Jair Bolsonaro
Tércio Arnaud com Jair Bolsonaro, em imagem sem data especificada - Reprodução

Um assessor de Bolsonaro afirmou ter tido bens pessoais seus apreendidos indevidamente na operação desta segunda-feira.

A defesa de Tércio Arnaud Tomáz, antigo assessor da família presidencial, encaminhou petição ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a imediata devolução de um tablet e um laptop do seu cliente —que teriam sido levados pelos policiais mesmo havendo esclarecimento de que eles não pertenciam a Carlos, alvo da operação.

Os advogados de Tércio afirmaram, também em nota, ser "inaceitável e inconcebível que terceiros, sem absolutamente qualquer tipo de relação com os fatos apurados, tenham seus bens apreendidos com base em maldosa e indecorosa interpretação de determinada ordem judicial específica".

As buscas desta segunda miram um suposto núcleo político que teria usado a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para espionagem de adversários políticos, durante o governo Bolsonaro.

Tércio Arnaud estava na residência de praia da família Bolsonaro, na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), um dos locais que foram vasculhados pela PF.

A Folha procurou a assessoria da Polícia Federal na noite desta segunda e aguarda uma manifestação.

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