Descrição de chapéu Governo Lula Chuvas no Sul

Governo Lula prevê ministério extraordinário para RS até fevereiro de 2025

Nova estrutura comandada por Pimenta foi formalizada pelo presidente durante viagem ao estado

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Brasília

A recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, chefiada por Paulo Pimenta, contará com um secretário-executivo, com previsão de ser mantida até fevereiro de 2025.

Ambos os cargos foram criados a partir de outros postos comissionados. A medida provisória que cria a nova estrutura, que tem status de ministério, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Lula conversa com Paulo Pimenta durante evento no Palácio do Planalto - Ueslei Marcelino - 8 abr. 2024/REUTERS

O novo ministério foi anunciado pelo presidente Lula (PT) durante viagem ao Rio Grande do Sul, para anunciar medidas para a população atingida pela calamidade climática.

A medida provisória prevê que a nova estrutura será extinta dois meses após o fim da vigência do decreto de calamidade pública —31 de dezembro de 2024, segundo texto aprovado pelo Congresso Nacional.

Ela terá como atribuições a coordenação de ações da administração pública federal, em conjunto com a Casa Civil, o planejamento de medidas junto com os ministérios e a articulação entre governo federal, estado e municípios do Rio Grande do Sul.

O texto também cita a interlocução com a sociedade civil e a promoção de estudos técnicos junto a universidades e outros órgãos público e privados.

A indicação de Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) dividiu aliados de Lula e provocou a reação de adversários, em particular pessoas próximas ao governador Eduardo Leite (PSDB). O governo Lula está sendo acusado de politizar a tragédia climática.

Pimenta é gaúcho, tendo sido vice-prefeito de Santa Maria e eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul para mandatos em sequência. Ele é adversário político de Leite, além de ser apontado como pré-candidato ao Palácio Piratini em 2026.

Interlocutores no Planalto afirmam que um dos objetivos do presidente ao indicar um político para o cargo é tentar controlar a narrativa sobre a reconstrução do estado, defendendo as ações do governo e evitando que Leite ganhe os créditos por medidas e obras feitas com recursos federais.

Em seu discurso, Pimenta disse que pretende trabalhar em conjunto com o governo estadual.

"O trabalho do governo federal é um trabalho complementar e suplementar ao trabalho do governo do estado e das prefeituras. O presidente Lula me pediu muito que tenha essa dedicação e disposição de colaborar com governo do estado, secretários, prefeituras de todos os municípios atingidos", afirmou o ministro.

A mesma edição extra do Diário Oficial da União também trouxe a nomeação de Paulo Pimenta para o novo cargo. O governo federal ainda analisa onde vai ser instalado o novo ministério no Rio Grande do Sul.

Também foi publicada a nomeação do substituto interino de Pimenta na Secom, o jornalista Laércio Portela.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior afirmou incorretamente que foram criados 11 cargos para o Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Por ora, porém, são dois cargos, ambos criados a partir de outros postos comissionados. Além disso, a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do RS tem previsão de ser mantida até fevereiro de 2025, ​não março, como publicado em versão anterior deste texto.

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