Descrição de chapéu STF

Starlink recua e afirma que vai bloquear o X no Brasil

Empresa de Musk havia sinalizado que desobedeceria ordem do STF

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Brasília

A Starlink, de Elon Musk, recuou e afirmou nesta terça-feira (3) que irá bloquear o acesso ao X, antigo Twitter, no Brasil.

A empresa havia sinalizado anteriormente que descumpriria a ordem dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para bloquear a rede social que também pertence a Musk.

Na mesma publicação no X em que disse que seguiria a decisão, a Starlink chamou de ilegal a decisão que congelou suas contas bancárias e disse que seguirá contestando judicialmente as ordens do Supremo.

Elon Musk, dono do X (antigo Twitter)
Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) - Gonzalo Fuentes - 16.jun.23/Reuters

Em ofício assinado nesta terça-feira, a empresa de Musk também confirmou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que já bloqueou as URLs x.com e twiter.com, "o que poderá ser comprovado pela Anatel nas próximas horas".

No última sexta-feira (30), Moraes determinou a derrubada "imediata, completa e integral" do X, que saiu do ar no Brasil de forma gradual a partir da mesma data. Moraes citou, na decisão, a desobediência da plataforma em relação a ordens de bloqueio de diversos perfis. Ainda apontou que a empresa estava descumprindo determinação judicial para indicar representante legal no Brasil.

A Primeira Turma do STF manteve, na segunda-feira (2), a suspensão da rede social.

Antes de suspender o X, o ministro já havia bloqueado as contas da Starlink sob a justificativa de cobrar multas aplicadas contra a rede de Musk. A empresa fornece serviços de internet via satélite para cerca de 250 mil assinantes no Brasil.

Nesta terça-feira (3), Moraes emitiu certidão informando que o prazo para que a Starlink apresentasse recurso contra o bloqueio de suas contas havia terminado no dia anterior.

De acordo com o documento, a empresa foi notificada no dia 27 da decisão de bloqueio de finanças e ativos, datada do dia 24.

A medida atinge contas bancárias, posição de custódia de ações, títulos privados, títulos públicos e derivativos, aplicações em fundos de investimento, previdência privada e cartas de consórcio no Brasil, além de veículos automotores, embarcações e aeronaves eventualmente registradas em nome da empresa.

Nesta terça, o ministro do Supremo ainda determinou ao Banco Central que não autorize nem permita qualquer remessa, recebimento, cessão ou envio de dinheiro ou valores para o exterior em relação à empresa. Moraes também ordenou que a Anatel informe o atual estágio dos serviços autorizados à Starlink.

A empresa havia apresentado um recurso ao STF contra a decisão de Moraes em instrumento chamado mandado de segurança. O ministro Cristiano Zanin o rejeitou no último dia 30.

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