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Estudantes e professores fazem greve e pedem melhorias na Unifesp
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FÁBIO TAKAHASHI
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO
Mais de 3.000 alunos da Universidade Federal de São Paulo, nos campi de Santos (litoral de SP) e Guarulhos (Grande SP), estão em greve para exigir melhor estrutura.
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Cinco anos após começar a se expandir, a Unifesp ainda possui salas de aula improvisadas --algumas com ninhos de pombos-- e um curso de educação física sem quadra.
A reitoria reconhece as falhas e afirma que trabalha para solucioná-las rapidamente. A universidade tem cerca de 6.300 alunos e 935 professores em cinco campi.
Em Santos, a paralisação teve o apoio dos professores ontem. A greve dos estudantes começou no mês passado. O campus é o primeiro das quatro novas unidades da instituição. Além da falta de quadra e dos pombos, estudantes reclamam também de pilastras instaladas no meio das salas e que atrapalham as aulas.
"Faltam condições de tudo", afirma Carlos Eduardo Costa, 24, aluno do quarto semestre de psicologia. O estudante conta que sua classe precisou se unir a outra por falta de espaço físico no prédio de Santos.
Em Guarulhos, os alunos reclamam da falta de transporte para chegar à unidade. Nos dois casos, alunos estão em prédios provisórios, uma vez que a entrega dos permanentes está atrasada. Na Baixada Santista, era prometido para 2009.
Iniciado em 2005, o campus já formou turmas. Alunos de educação física não tiveram quadras e piscinas em todo o curso, pois os espaços eram cedidos por convênios, que sofreram problemas. Hoje, não há espaços esportivos disponíveis. Para fisioterapia e psicologia, não há clínica.
Estudantes entregaram à reitoria uma carta, representando todos os campi da Unifesp, pedindo melhoria nos programas de moradia e alimentação estudantil, expansão das bibliotecas e implantação de laboratórios. Há a possibilidade de greve geral de estudantes. Uma assembleia será realizada amanhã.
Maurício de Oliveira Filho | ||
Alunos de educação física do campus de Santos (litoral de SP) fazem protesto e pedem melhorias |
EXPANSÃO
Em conjunto com o Ministério da Educação, a expansão da Unifesp começou em 2005. São Paulo é o Estado que possui, proporcionalmente, menos vagas em universidades federais.
"Houve muitos atrasos na melhoria de infraestrutura, o que tem prejudicado o trabalho pedagógico", disse a presidente da Adunifesp (associação dos professores), Maria José da Silva Fernandes.
OUTRO LADO
O reitor da Unifesp, Walter Manna Albertoni, reconhece que há problemas na instituição e afirma que sua gestão trabalha para saná-los "o mais breve possível".
Em nota, disse que "para atender os novos alunos e professores foram feitas adaptações nos imóveis cedidos pelas prefeituras locais. Porém, a velocidade da ocupação e as necessidades foram sempre maiores que os espaços conseguidos".
O atual reitor destacou que assumiu a gestão em março de 2009, "em meio a uma crise sem precedentes: obras paradas, licitações sob suspeita e processos administrativos instalados pelos diferentes órgãos de controle".
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